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A utopia do Bhagwan. Ou um capitalismo pra chamar de seu

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--> Seita? Filosofia de vida? Terapias coletivas? Dissidência do sistema? Rebeldia para com os valores morais do Ocidente? Fuga existencial? Fanatismo religioso? Wild Wild Country , série documental da Netflix sobre a passagem do guru indiano Bhagwan Shree Rajneesh , o Osho, pelo estado do Oregon, nos EUA, traz à baila estas e outras questões que envolveram o polêmico líder espiritual. O filme, que passou a ser ofertado sem maiores estardalhaços pelo serviço de streaming estadunidense, é, até o momento, uma das melhores produções da empresa, que nem sempre é feliz no que produz, haja vista a bizarra série-panfleto "O Mecanismo", entre outras. Contando com depoimentos contundentes e esclarecedores, inclusive os da chefa do estado maior do Bhagwan, Ma Anand Sheela , o documentário mergulha em situações recônditas da experiência do guru e de alguns dos seus milhares de discípulos nas terras do Tio Sam. Projeto audacioso. Construir infraestrutura para

O monge beatnik. As alegrias e os dramas de Belchior

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Do disciplinado frade Sobral da Ordem dos Capuchinhos no Mosteiro de Guaramiranga-CE a símbolo sexual de voz cortante e poesias-navalhadas em belas e harmoniosas melodias, Antonio Carlos Belchior, falecido em 30 de abril de 2107, teve sua biografia escrita por um dos mais competentes jornalistas entre os que acompanham a cena da MPB e da cultura pop internacional. Em “Belchior, apenas um rapaz latino-americano” , a trajetória do então disciplinado noviço nos meados dos 60 e beatnik à brasileira dos 70/80 é narrada com riqueza de detalhes por Jotabê Medeiros. O livro de Jotabê, que chegou às prateleiras ainda sob o impacto da morte do poeta, conduz a passagens da vida do artista-gênio que fecham os quebra-cabeças às interpretações de muitas letras e composições de Belchior. Circunstâncias sociais e políticas, fatos, ambientes, infortúnios, sofrimentos, desafetos, companhias, paixões e amores. O compositor e cantor cearense é uma espécie de esponja que não apenas traga o que vi

Num dia de agosto de 1992

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Márcia Misi, à direita, e Ana Beatriz, à esquerda Foto: Zeca Peixoto Nunca fui repórter fotográfico. No texto escrito atuei como repórter, editor e chefiei reportagens, embora minha velha Nikon FM2, analógica e manual, companheira de muitas estradas e hoje decorando a estante, sempre estivesse à mão. Devo à essa querida extensão de prótese ocular muitos registros, mesmo que meras manchas desfocadas. Um deles, o que figura acima, é, para mim, emblemático. Explico enquanto escuto  Tudo outra vez , do imortal Belchior. Há, aproximadamente, três meses fui procurado pelo amigo  Penildon Silva Filho , atuante do movimento estudantil na década de 90 e hoje pró-reitor de Graduação da UFBA. Me pediu algumas imagens. Registros de passeatas e mobilizações do ME em Salvador quando do grande levante nacional pela deposição,  via impeachment , do então presidente Fernando Collor de Mello. À época havia me aproximado de algumas dessas lideranças. Entre idas e vindas na ponte Salvador-Brasí

Siderar.... Ô Bowie de tantas sons e momentos.....

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Fé e ciência. O que Buda e Cristo têm em comum?

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Qual a verdadeira fé? Qual religião ou filosofia representa Deus? Quem está certo ou errado quanto às narrativas das diversas crenças professadas na humanidade? Nenhuma dessas três perguntas é respondida em O budista e o cristão; um diálogo pertinente . E é justamente pelo fato dessas indagações não virem à baila que faz deste livro uma página muito especial no que se refere ao respeito às diferenças. Conversa elucidativa. Seja àqueles que se apegam a dogmas e entendem sua denominação como portadora única da suposta representação do divino; seja por se tratar de leitura leve, agradável e que apresenta aspectos interessantes dessas religiões dificilmente comentados para públicos mais amplos. A obra é fruto do diálogo entre os jornalistas e escritores Heródoto Barbeiro, iniciado no budismo aos 22 anos e que como monge leigo adotou o nome de Gento Ryotetsu, e Frei Betto, o frade dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, ligado à corrente da Teologia da Libertação da Igreja Catól

Simples assim....

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Da Comunicação Social à Midialogia

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Há alguns dias participei de debate numa turma de formandos do curso de Psicologia da Faculdade Social da Bahia. O convite partiu da professora Monica Coutinho, a quem sou grato pela oportunidade. O tema foi "O discurso do ódio na mídia". Para mim, um momento bastante produtivo e de aprendizado. Mas um fato me chamou atenção: o interesse daquele(a)s futuro(a)s psicólogo(a)s acerca do comportamento da mídia, inclusas as suas diversas modalidades de narrativas. O evento só reforçou minha tese de que, do ponto de vista da formação, urge atualizar os currículos dos cursos de Comunicação. O advento da Internet está redesenhando o modelo da economia política da mídia, sobretudo nos seus planos de negócios. É hora de se repensar as grades curriculares ofertadas aos futuros comunicólogos. Áreas de conhecimento como a Psicologia Social, Etnografia digital - Netnografia -, Sociologia Digital e o incremento de conteúdos e ferramentas relativos à atuação nas redes sociais, h