O cerco vai apertar
O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MTB-BA) vai investigar a avalanche de demissões ocorridas no ano passado no setor privado de ensino superior no estado, algo em torno de 450. Segundo o procurador Manoel Jorge Silva e Neto, o histórico das demissões apontará se existiu algum tipo de discriminação com professores de maior titulação. Sabe-se que o órgão tomará a mesma medida em outros estados da Federação. A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior – sindicato (Andes) deverá auxiliar o MPT no trabalho de averiguação. Outros fatores também serão considerados, como assédio moral e violência contra a liberdade de expressão, já que muitos docentes foram demitidos por manifestarem posicionamentos, mesmo que de caráter pedagógico, contrários às diretrizes de algumas instituições, que exigem o que chamam de “alinhamento”, uma forma dissimulada de censura prévia. A liberdade de expressão é um direito assegurado pela Constituição do país. Na investigação, serão ouvidos tanto professores demitidos quanto dirigentes e coordenadores de cursos.
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