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Mostrando postagens de dezembro, 2007

Educação e negócios, uma relação duvidosa

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O sistema de ensino superior privado no Brasil está em crise. Não financeira propriamente dita, mas sobretudo pedagógica e de credibilidade. A maioria das instituições privadas de ensino superior (IPES) está embarcando nas chamadas “otimizações” das grades disciplinares, com drásticas reduções das horas/aulas e enxugamentos dos quadros de docentes mais qualificados. Hoje, poucas são as IPES que dedicam algum compromisso à pesquisa e à extensão, o que leva aos inevitáveis mutilamentos das formações universitárias. O que outrora significava formações razoáveis e um tanto consistentes, hoje se apresenta como uma réplica do segundo grau. É o ensino fast-food, com taxi-teachers e aulas à distância. Desfibra-se o ambiente acadêmico, que dá lugar aos “shoppings educacionais”. Um segmento que já esteve, em sua maioria, nas mãos de empresários vocacionados à educação, agora é garroteado por “investidores” nacionais e internacionais cujo único interesse é o lucro imediato. Com a complacência das

A direita mostra sua cara e seus arroubos

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A vitória do não à prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), imposto que arrecadaria no ano que vem, segundo previsões do Ministério da Fazenda, em torno de R$ 40 bilhões, mostrou a face mais crua e sórdida da direita brasileira. No Senado, o governo obteve 45 votos a favor e 34 contrários, não constituindo os 3/5 necessários para aprovação à continuidade do tributo. Foi um golpe contra o povo, contra o “zé ninguém”, uma trama urdida pelas elites econômicas do país que não queriam ver parte dos seus lucros direcionados a programas sociais, especialmente para as áreas de Saúde. A CPMF é um imposto progressivo e atinge em cheio as grandes empresas, já que 72% da sua arrecadação provinham de volumosas movimentações financeiras. No vácuo da vitória, ficou o riso fácil dos barões da Fiesp e de outras entidades do patronato. E a grande imprensa? Esta seguiu seu curso normal do discurso cínico, misturando diariamente alhos com bugalhos no intuito de confun