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Mostrando postagens de junho, 2007

Xuxa quer tirar a renda dos barraqueiros

Domingo de sol na praia do Porto da Barra. Mas nem tudo era alegria para os barraqueiros e demais comerciantes que trabalham no local. A queixa generalizada era de que na segunda e terça-feira a praia seria “fechada” para uma produção da Xuxa. Isso mesmo, fechada. Sem poder trabalhar nos próximos dois dias, foi ofertado aos comerciantes o pagamento de R$ 10,00 para cada dia parado. O fato deve ser levado ao Ministério Público para as soluções cabíveis. Uma produção da “Rainha dos Baixinhos” não pode impedir o ganha pão de dezenas de pessoas.

Que imprensa é essa?

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Jornalismozinho-senso-comum-que-beira-o-ridículo . Duas colunas políticas de “peso”, uma nacional e outra local, brindaram os leitores soteropolitanos neste sábado com pérolas típicas da limitada, chinfrim e preconceituosa prática jornalística tupiniquim. A primeira, intitulada Pequenas cabeças, grandes bobagens , assinada por “destacada” jornalista da crônica política nacional, ataca as palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que atribuiu o desenrolar da crise aérea a um surto de desenvolvimento nacional. A segunda, de título O apagão federal , sob a responsabilidade de um jornalista “muito conceituado” na seara baiana, praticamente repetia como papagaio a primeira. Ambas articularam seus argumentos na velha e cansada cantinela de sempre: governo incompetente, perdido, corrupto etc. O diapasão comum que unia a primeira à segunda foi a crise aérea. Como um ventríloquo, o colunista local citou quase os mesmos personagens da colunista nacional. Talvez como salamaleque do jornali

Gramsci, sempre atual

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"São dias de publicidade para as assinaturas. Os gerentes e executivos da imprensa burguesa arrumam suas vitrines, passam uma mão de verniz sobre suas tabuletas e chamam a atenção dos passantes (isto é, dos leitores) sobre a sua mercadoria. A mercadoria é aquela folha – de quatro ou seis páginas – que toda manhã, ou toda tarde, vai injetar no espírito do leitor os modos de sentir e de julgar os fatos da atualidade política que melhor convém aos produtores e vendedores de papel impresso". Do filósofo Antonio Gramsci se referindo à imprensa burguesa, em 1916

Protestos na Alemanha

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Enquanto as classes dominantes tupiniquins se enebriam com o neoliberalismo, na Alemanha multidões estão protestando contra a reunião dos oito países mais ricos do mundo, a cúpula do G-8. Depois de esquentarem o planeta, matarem milhões de fome e garrotearem as economias dos países pobres e emergentes, o grupo, comandado pelo facínora Bush, vai tramar novas maquinárias para a opressão internacional.

O escalado agora foi Agripino Maia, o "democrata"

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O telejornalismo global tem se transformado num picadeiro da informação. Na edição de ontem à noite os protestos na Venezuela contra a não renovação da concessão da RCTV tiveram mais espaço que os protestos contra a reunião do G-8 na Alemanha. Desta vez, o escalado para atacar a medida do governo de Hugo Chávez foi Agripino Maia. O “democrata” do Rio Grande Norte, surrado nas últimas eleições, veio novamente com a cantilena previsível da “ameaça” à liberdade de expressão. Cinismo deveria ter limite.

Resposta a uma colega

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No final da semana passada uma colega da vida acadêmica disparou um pequeno discurso: “...O Estado brasileiro é corrupto (...) não acredito no setor público (...) meu sangue é do mercado...” . Nada falei, nada argumentei. Mas a assertiva me fez pensar como o discurso senso-comum consegue empolgar até mesmo pessoas que militam na vida acadêmica, aquelas das quais esperamos ao menos uma reflexão mais crítica dessa realidade. É como se a corrupção fosse algo inerente apenas ao Estado brasileiro. Um ente atomizado na sociedade sem que historicamente o mesmo nunca tivesse sido constantemente comandado, assediado e controlado pela vontade do mercado, do capital. Quem faz o Estado e o setor público corruptos? É o povo que precisa dos seus serviços num país extremamente excludente? Ou aqueles que ao longo da nossa breve história sempre o utilizaram, interna e externamente, para aumentar a incontrolável desigualdade social na pátria vice-campeã do mundo em concentração de renda? Quem é o corrup

Sarney, o "escalado" pela Globo para protestar contra Chávez

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A família Marinho resolveu escalar José Sarney (PMDB-AP) para protestar contra a medida do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em não renovar a concessão da rede de TV golpista RCTV. O senador e parceiro comercial da Globo questionou o conceito de democracia na Venezuela. Realmente, talvez não seja o mesmo conceito que o bigode do Maranhão alimentou durante anos como base parlamentar de apoio ao regime militar. O oligarca em decadência José Sarney parece que sofre de memória seletiva. Agora, transvertido de demiurgo da liberdade de imprensa, a mesma que ele ajudou a calar durante os anos de chumbo do regime militar, faz alarido contra o que ele chamou de “atentado à democracia” na Venezuela. E a quem sempre atentou contra a democracia, a Globo, Sarney tem contínua fidelidade canina.

William Bonner, o assessor de José Serra

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Confusão linguística proposital. Não há outra explicação ao se fazer uma leitura da “notícia” dada pelo jornalista e apresentador da Rede Globo, William Bonner, sobre a ocupação da Reitoria da USP por parte dos discentes da instituição. “Os estudantes exigem que o Governo do Estado de São Paulo revogue o decreto que dá transparência à sociedade dos gastos das universidades estaduais paulistas” , dizia o texto. Parecia que a assessoria de imprensa de José Serra (PSDB) tinha realizado uma “transfusão midiática” para a Globo. Talvez tenha sido isso mesmo, já que o próprio é candidato da emissora em 2010 à presidente. Afinal, o que a “notícia” dada por Bonner chama de transparência? A centralização dos recursos das universidades nas mãos de Serra com o intento de sucatea-las e posteriormente entregá-las à iniciativa privada? Será essa a transparência? A mesma que se verificou nas obras do Metrô de São Paulo, que foi para o buraco? Os estudantes que ocupam a Reitoria da USP deram de imediat

Esclarecimento

Diante do zum zum zum e do disse-me-disse sobre quem me "banca", quero deixar um esclarecimento: não faço comunicação social apenas por prazer, exerço um jornalismo de opinião o qual busca desconstruir o que a grande mídia passa da realidade. Diria que uma realidade construída com o claro propósito de deformar consciências e não formar. Ainda que com uma astronômica limitação, esse blog é uma trincheira. Sim, seara de resistência às ações de uma mídia nociva e comprometida ideologicamente com os tubarões do capital. Apenas não me repugna ver William Bonner mentir, seja sobre a ocupação da USP ou sobre a não renovação da concessão da RCTV. Me sinto compelido a partir para o necessário esclarecimento diante dos absurdos que vejo nas redes de TV e jornalões desse país. E para quem queira saber, assumo minha postura ideológica, ainda que não seja filiado a nenhuma agremiação partidária: sou socialista-libertário, sempre fui, e acredito que a sociedade não é um estático de pessoas