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Mostrando postagens de 2009

Fim da violência contra Sean e David Goldman

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Muitos devem estar perguntando porque este blogueiro ainda não manifestou uma única linha sobre o desfecho do caso do menino Sean Goldman, que retornou com o pai para casa, no Estados Unidos, no último dia 24. É razoável o questionamento. Sempre assumi publicamente minha outra banda militante, a que luta pelo direito dos pais separados ao convívio com os filhos. Participo da ONG Pais Para Sempre e integrei o grupo que discutiu a proposição da Lei da Guarda Compartilhada, que no ano passado foi sancionada pelo presidente Lula. Sempre fui ativista da causa e recentemente resolvi enveredar pelas trilhas do mundo jurídico para entender tais questões com mais profundidade. E aqui confesso: não há arrazoado jurídico suficiente para entender um drama familiar, onde todos sofrem. Isso é fato. E como tudo começou? No dia 16 de Junho de 2004 o norte-americano David Goldman se despediu do seu filho Sean no aeroporto da Nova Iorque. O menino e a mãe, a brasileira Bruna Bianchi, sairiam de férias p

Enquanto isso, em Copenhague...onde está Serra na foto?

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Foto publicada na versão digital do New York Times por volta das quatro da tarde, horário de Nova York

Lula mira no alvo. Na mosca

"Não pensem que estão dando uma esmola, porque o dinheiro que vai ser colocado na mesa é o pagamento pela emissão de gás de efeito estufa, feita durante dois séculos, por quem teve o privilégio de se industrializar primeiro; não é uma barganha de quem tem dinheiro e quem não tem dinheiro. É um compromisso mais sério". (Presidente Lula, em discurso de improviso na COP 15, esta manhã, quando foi aplaudido quatro vezes, em 15 minutos, ao criticar os países ricos; 18-12) Publicado em Carta Maio r

Por essa Paulo Souto não esperava

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Chegando à cidade de Miguel Calmon, o ex-governador carlista do DEM (ex-PFL)se deparou com faixas colocadas na entrada da cidade, que durante anos sofreu com uma via esburacada e quase sem condições de tráfego. A mensagem, para ele e comitiva, dizia: "Gostou da estrada, Dr. Paulo Souto?". A populaçõa foi à forra com o descaso do passado, precisamente da sua gestão. Para se ter uma idéia, os cerca de 30 quilômetos que separavam Miguel Calmon de Jacobina eram percorridos em mais de uma hora. Hoje o trajeto dura poucos minutos com a rodovia construída em alta tecnologia. Segundo dizem, o ex-governador ficou com cara de "apoplético". Souto chegou a ensaiar uma resposta pra lá de esfarrapada num site noticioso. E só.

Paulo Souto não diz tudo. Por quê?

Torna-se imperativo analisar a crise de discurso que as oposições terão que enfrentar nos planos federal e estadual. Tratar-se-á de problema psicanalítico? Talvez. Vamos nos ater à Bahia. Entrevista dada pelo ex-governador carlista Paulo Souto (DEM, ex-PFL) no início desta semana descortina o problema de forma evidente. Apegando-se a factóides e malabarismos numéricos, Souto agarra-se a teses vagas e inconsistentes. Num dos trechos da entrevista, o carlista jacta-se que durante sua gestão fez “uma alteração na Lei de Licitações e que alguns Estados brasileiros seguiram e outros estão querendo seguir”. Mas o candidato Demo-pefelista não disse tudo. O que Paulo Souto omite e faz questão de não abrir a boca, é que as alterações efetuadas na referida lei propiciaram a prática do envelope lacrado. O que isso significava: o preço referencial era de conhecimento, apenas, das empresas vencedoras da licitação, pois só elas detinham esta informação. E tal prática garantiu a manutenção de contrat

Indisciplina dos corpos

Este vídeo trata-se de um breve registro que realizei da Marcha da Maconha, ocorrida em Salvador no dia 05/12/2009. Não pretendo que seja uma peça de apologia à nada, mas um documento que diga respeito à liberdade de expressão e opinião. Neste pequeno web-doc entrevisto especialistas e militantes que se mobilizam no debate acerca da discriminalização da maconha. A opinião entre eles é que a legalização pode se constituir na principal política de combate ao narcotráfico e na redução de danos aos dependentes químicos. Assista e forme a sua opinião.

Protesto Fora Arruda - Cavalaria parte pra cima de manifestantes (primeiro ataque)

E a polícia de choque do governador do DEM do DF, José Roberto Arruda, pego em flagrante com a "mão na massa", dá o exemplo de "civilidade" do partido de ACM Neto e Paulo Souto, as pérolas do DEM na Bahia.

Chafurnando na lama

E o jornal Correio Braziliense está querendo chafurnar na lama junto com o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (DEM). Contra todos os fatos e evidências, o aristocrático diário da capital do país ainda insiste na expressão “suposto” quando se refere ao mensalão do DEM no DF, conhecido como o escândalo do panetone.

A "moral" do PSDB

Robson Marinho é mais que um nome, é o código dos segredos tucanos no Tribunal de Contas de São Paulo, órgão que aprova tudo o que o PSDB faz com o dinheiro público do Estado há mais de 12 anos. Marinho chegou à presidência do TCE em 1997; antes coordenou a campanha vitoriosa de Covas e chefiou a Casa Civil do seu governo. Em junho deste ano, a Suíça bloqueou uma conta da qual ele seria o titular. Nela foram feitos depósitos de mais de US$ 1 milhão em propinas pagas pela empresa Alston, em troca de contratos no governo tucano entre 1997 e 2003. Agora seu nome aparece na agenda da Polícia Federal de novo. O guardião das contas tucanas é citado nove vezes nas fichas de propinas pagas pela Camargo Correa. Teria amealhado mais US$ 1.378.732 da empreiteira. No ambiente jurídico Marinho é personagem folclórico de um recorde: em 2001 deu parecer favorável a um contrato entre a Eletropaulo e a Alstom que se notabilizou por ser o mais rápido da história do TCE. O guarda-segredos tucano aprovou

Wagner na frente

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Foto/Agecom/BA Os números começam a clarear a realidade. Pesquisa divulgada no início desta semana pelo Instituto Campus aponta vantagem do governador Jaques Wagner na corrida sucessória ao governo da Bahia em 2010. A sondagem envolveu um universo de 2587 entrevistados em todo o estado, entre os dias 15 a 23 de novembro. Na mostra espontânea, Wagner aparece com 33,1% das intenções de voto contra 11,6% do ex-governador Paulo Souto (DEM). O ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) surge em terceiro lugar com apenas 3,4%, seguido de ACM Neto (DEM) com 1,6%. Na pesquisa estimulada, Wagner permanece na primeira colocação com 48,4% dos votos, enquanto Souto surge com 26,4%, Geddel com 12% e Hilton (PSOL) com 1,5%. O instituto simulou também os resultados para o segundo turno. O governador lidera, quando confrontado com Paulo Souto, com 56,3% dos votos. Seu antecessor perderia a eleição, pois obteria apenas 33,1%. Wagner ampliaria a vantagem se disputasse a segunda rodada eleitoral com Geddel, se

O triste fim de FHC

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Realmente, o efeito do discurso de Fernando Henrique Cardoso, publicado há alguns dias no jornal da família Mesquita, demonstrou seu "poder arrasador”. Esquecido no anonimato da política, o ex-presidente sociólogo quis mostrar as mangas e provocou um estrago no candidato a presidente do seu partido, o governador José Serra (PSDB-SP). De acordo com a pesquisa CNT Sensus, em setembro o presidenciável tucano tinha 39,5% e a ministra Dilma Roussef, candidata do PT, 19,0%; neste mês de outubro José Serra obteve 31,8% e Dilma Rousseff 21,7% das intenções de voto. Nesta última, Ciro Gomes (PSB-CE) também aparece com 17,5%. A diferença entre Serra e Dilma, que era de 20 pontos, caiu para 10. A campanha de Serra acendeu a luz amarela – quiçá a vermelha – e agora trata de esconder o contêiner que se transformou FHC para a propaganda do seu candidato, ou melhor, a anti-propaganda. A pesquisa indica que o “Príncipe de Sorbone” é quem tem tirado votos de Serra. De acordo com o presidente da CN

PIG foi desmascarado categoricamente

É interessante como o Partido da Imprensa Golpista (PIG) está tratando o blecaute ocorrido na terça-feira desta semana em decorrência de fatores climáticos que afetaram a subestação de Furnas, na região de Itaberá (SP). O incidente está sendo politizado pela oposição partidária-midiática. Os jornais das famílias Mesquita, Frias e Marinho, o Estadão, a Folha de São Paulo e o Globo, respectivamente, estão denominando o ocorrido de “apagão”, ainda que nem de longe este se compare ao da era FHC, quando o país efetivamente parou. Certamente que eles querem apagar aquele momento trágico do Brasil com um episódio que durou, no máximo, três horas. No entanto, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, desqualificou categoricamente os argumentos das claques oposicionistas assim como os do PIG. Veja o vídeo abaixo.

Fatores atmosféricos que causaram blecaute são raríssimos

Um desmentido ao PIG

Requiém para alguns do DEM

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Durante passagem em Campinas-SP no último final de semana, tive a oportunidade de presenciar o típico furor reacionário de alguns segmentos da sociedade brasileira. Em meio a uma rodada de drinks, dois dos presentes, com sangue nos olhos e expressões de cães raivosos, vociferavam indignados contra as políticas de transferência de renda do Governo Federal. Bradavam contra o Programa Bolsa Família com a anuência de alguns convivas e só tinham como contraponto a palavra sensata de uma jovem assistente social, Renata Fernandes. Sai em defesa de Renata e, sobretudo, dos meus princípios. Cabe uma reflexão acerca daquela querela. O que de fato move o ódio daquelas pessoas, representantes fidedignas do pensamento reacionário brasileiro, além da estúpida vizeira que trazem consigo nas faces? A resposta não abre mão de uma sucinta explicação histórica, e quiçá com um adendo psicológico. Trata-se de herança mental de quem um dia, não muito distante, usou botas e chibatas para espancar escravos na

Uma justa homenagem para Marighella

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Existe um monumento na Avenida Luis Viana Filho, em Salvador, que homenageia o falecido deputado federal Luis Eduardo Magalhães (PFL), filho do também falecido senador Antonio Carlos Magalhães, o ACM (DEM, ex-PFL). Trata-se de uma obra que apenas enaltece o legado de uma dinastia política que dominou a Bahia com unha de ferro durante décadas. A família Magalhães fermentou seu poder como uma espécie de apêndice do Regime Militar em consonância com interesses econômicos e políticos. As regras no Estado foram ditadas de forma violenta e autoritária, em todo seu tecido institucional e para além dele. O carlismo foi uma variável fascista do regime na Bahia. O que este blog está propondo é a erradicação daquele monumento para que no local se erga homenagem a um verdadeiro herói baiano e brasileiro, Carlos Marighella, o inimigo número um da ditadura militar. Há 40 anos Marighella foi assassinado pelos órgãos de repressão. O militante foi morto na Rua Casa Branca, centro de São Paulo, em 1969,

Neguinho do Samba não foi notícia na Globo

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Não, Neguinho do Samba não foi apenas um figurante nos clipes de Michael Jackson e Paul Simon. O baiano Antonio Luis Alves de Souza, um dos mestres da MPB e criador da batida do samba-reggae, foi um dos músicos mais criativos e geniais do país e já tem seu nome garantido no roll dos melhores do mundo. Falecido no último dia 31, sábado, Neguinho, completos 54 anos, foi enterrado em Salvador na tarde de terça-feira desta semana numa comovente cerimônia. Mesmo assim, o mestre e educador de centenas de crianças, às quais ajudava a ter um futuro mais digno e cidadão, não foi pauta no Jornal Nacional no dia do seu enterro. A Rede Globo se omitiu em noticiar a cerimônia fúnebre do mestre do Pelourinho no seu jornal de horário mais nobre. O fato expõe um problema da mídia corporativa brasileira: o olhar para o próprio umbigo. Ou seja, as ocorrências do centro-sul do Brasil sempre ganham relevância, por mais inexpressivas que sejam. Os critérios noticiosos que deveriam permear uma emissora que

Psicanálise para FHC, já!

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Às vésperas do feriado do Dia dos Mortos o cadáver político insepulto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tentou desesperadamente um pequenino lugar à luz das ribaltas. E conseguiu. O demiurgo da intelectualidade tucana publicou artigo rancoroso em alguns jornais da campanha do governador José Serra (PSDB-SP) atacando o governo do presidente Lula. Com um texto que não esconde pontas de mágoa e inveja, o doutor em Sociologia procurou desconstruir ações e conquistas da gestão do operário-presidente. Justificável, comparar os dois períodos é até covardia. Portanto, sobram ressentimentos ante o esquecimento do acadêmico Fernando Henrique que teve seu passado político recente ofuscado ante os avanços inquestionáveis obtidos no governo de um ex-retirante nordestino. Aninhando no colo das elites, FHC utilizou clichês e jargões que muito lembram aqueles disparados pelas forças reacionárias que apearam João Goulart do poder em 1964, a exemplo de “Estado sindicalista”. Diz Fernando Henriq

A técnica e o político

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Herbert Marcuse já alertava contra os argumentos que empulhavam o político em nome da "técnica" Há alguns dias fui cobrado sobre uma pretensa tensão existente entre os posicionamentos técnico e político. A mim foi lançado o argumento de que estes seriam estanques, decompartilhados, e que percorreriam explicações díspares. Tal qual foi sugerido, a explicação “técnica” se encarregaria de suplantar o aspecto político, mesmo em se tratando de iniciativas do Estado e, via de consequência, do poder público. Compro esse debate. Em que medida uma ação ou determinada política pública que segue uma diretriz de um projeto político pode ser dimensionada como uma ferramenta eminentemente “técnica”? Existe uma economia “técnica”? Ou mesmo uma gestão pública apenas “técnica”? É o mesmo que sugeri uma ciência social neutra, ou algo equivalente. Isso não existe. A armadilha funcionalista já tentou alçapar os movimentos da sociedade nas suas explicações, incluindo ai a política e a economia.

A boa palavra de Sócrates Santana

Vá à Porta do Inferno Sócrates Santana* A exposição de Auguste Rodin na Bahia traz a tona um campo de disputas, de conflitos, de descontinuidades, de multiplicidade de discursos sobre a política e as artes visuais maiores que as frases anatômicas contidas nas esculturas do artista francês. Uma disputa que não está restrita aos méritos de quem preparou o terreno para a vinda inédita de 62 peças a capital baiana, mas, as denúncias de um relatório composto por 200 páginas sobre a Bahiatursa e obscuras relações entre os governos carlistas, agências de publicidade e organizações não-governamentais formadas por servidores públicos. Não é difícil ouvir nas rádios e na internet, gracejos de parlamentares e lideranças partidárias sobre a co-autoria desta exposição, assim como, o reforço de comunicadores “sem memória” desta tese. Ocorre que os conflitos se dão no campo simbólico, mas, pautado por uma clara tática de jogar para debaixo do tapete um passado nefasto em torno de uma agenda positiva

Movimento Pela Vergonha na Cara dá um pau em William Waack

Carta Aberta a William Waack: Não utilizamos aqui qualquer pronome ou outro tratamento à sua pessoa, por você mesmo se desqualificar através de seus conhecidos e ingentes esforços como traidor da pátria. Nós, do MVC - Movimento pela Vergonha na Cara, tivemos o desprazer de acompanhar hoje, 16/10/09, sua declaração ao programa Entre Aspas da Globo News de que a reserva petrolífera do Pré Sal não terá relevância alguma ao futuro do país, em razão do desenvolvimento de energias alternativas. Fosse você um completo desinformado, incapaz de deduzir as milhares de aplicações dos derivados do petróleo, poderíamos compreender a ignorância contida nessa afirmação e procurar esclarecê-lo, fornecendo-lhe informações elementares a respeito do assunto. Mas é evidente que a bobagem proferida não reflete ignorância ou imbecilidade. Muito pior, reflete mórbida falta de caráter que se faz persistente, denotando-lhe como um dos mais esforçados porta-vozes da UGP - União dos Gigolôs da Pátria. Sabemos

"Colonisso" de vento em polpa

A edição deste domingo de um certo jornal soteropolitano traz seu renomado colonisso novamente papagaiando uma colunista do PSDB. O raciocínio dos textos é quase univitelino.

O Clad e a política na América latina

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Nesta terça-feira (27) será aberto em Salvador o XIV Congresso Internacional do Centro Latino-Americano para o Desenvolvimento (CLAD). O tema do evento, que contará com representações técnicas e autoridades de 22 países, será a Reforma do Estado e a Administração Pública. O CLAD ocorre num momento especial da América Latina, quando a agenda política da região é marcada pela disputa da hegemonia entre as forças que se identificam com o passado, explicitamente neoliberal, e com o presente, pós-neoliberal. Os rompimentos com o antigo modelo vão ganhando contornos mais amplos, mediante o fortalecimento do papel dos estados nacionais e o crescimento dos movimentos sociais. Brasil, Argentina, Venezuela, Cuba, Equador, El Salvador, Nicarágua, Bolívia, Paraguai e, tudo indica, o Uruguai – as eleições ocorrem neste domingo e existe a possibilidade do candidato José Mojica, da Frente Ampla, ser eleito presidente - são países nos quais essa disputa se coloca de forma mais enfática. Não sem razão

A poesia de Nilson Galvão

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Stanley Kubrick Toda a vida vai passar na tua frente como um filme de Stanley Kubrick. A infância, o que tramou a juventude, o que tramou e o sonho de amadurecer e envelhecer tentando não se render. Toda vida poderia ser um filme de Stanley Kubrick: quem é que vai te segurar quando for grande o medo de flutuar? E se a vida de repente for um filme de Stanley Kubrick? E tudo aquilo que sentimos não for nada do que sentimos, na verdade estiver longe daqui? Nilson Pedro Galvão

O "fato" e o fato

Há cerca de uma semana a TV Globo e outros meios de comunicação do pais enveredaram, mais uma vez, pela estratégia do escândalo político. Nesta última, o alvo voltou a ser o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). O elemento motivador do episódio foi a destruição de pés de laranja na fazenda Cutrale, agroindústria situada no município de Laras (SP) que, segundo o MST, ocupa área pública grilada do Estado. No entanto, o movimento nega que tenha assumido qualquer iniciativa para a destruição dos laranjais, ainda que assuma a ocupação da propriedade durante um período. Manifestando-se publicamente, o MST argumenta que “(...) as famílias acampadas recorreram à ação de ocupação na Cutrale como última alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de que umas das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras (…)”. Talvez o que os milhões de telespectadores do Jornal Nacional não saibam é que a

Não passará!

Se sou convocado à luta, a luta que me espere, pois de meu filho jamais abrirei mão. Jamais!

Mercedes Sosa - Gracias a La Vida

O mundo perdeu hoje a cantora argentina Mercedes Sosa. La Negra, como era conhecida, se tornou uma das ativistas políticas mais expressivas dos anos 70, quando denunciou a situação de opressão não só do seu país como de toda a América Latina. Ouçam sua bela voz nessa passagem.

As máscaras vão caindo

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E as máscaras vão caindo. Aos poucos, a cobertura do golpe de estado em Honduras por parte dos jornalões, revistas semanais e redes comerciais de TV vai assumindo sua postura pró-quartelada. Talvez, saudades de 1954, 1961 e 1964. A Rede Globo, por exemplo, fez até a peripécia de entrevistar na semana passada um cientista político argentino para legitimar sua posição favorável à inconstitucionalidade em Honduras, ou seja, de apoio explícito ao golpe; já a revista Veja, não escondendo sua inclinação de extrema-direita, dedicou a capa da edição dessa semana para atacar a política externa do Itamarati. A exceção ficou por conta, apenas, da Carta Capital, que assumiu postura equilibrada frente ao fato, ou melhor, a única que se predispôs a fazer jornalismo. Enquanto isso, o processo hondurenho vai se deslocando para o fascismo. O governo de Roberto Micheletti editou uma espécie de AI-5 no seu país, fechou emissoras de televisão, proibiu reunião pública e restituiu o toque de recolher. Hondu

"Colonisso", o colunismo político na província

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Na Bahia, particularmente na imprensa soteropolitana, está se construindo um novo conceito de colunismo político. O nome é colonisso . Sim, são aqueles que se encantam com as leituras dos colunistas dos jornais e revistas do centro-sul e fazem uma espécie de “releitura” na praça local. Por vezes, até copiam os argumentos, posicionamentos e raciocínios das estrelas que frequentam as páginas dos Frias, Mesquitas, Civitas e Marinhos, entre outros. Quase na íntegra. Colam nessas estrelas como bons colonizados; portanto, colonisso , colonizado que cola no colonizador.

Ausência de critérios e desconhecimento

Números errados. Confusão entre execução orçamentária e execução financeira. Ausência de critérios para entender o Sistema de Informações Contábeis e Financeiras da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sicof). Enfim, desconhecimento de pormenores da administração pública. Matéria veiculada hoje por um órgão de imprensa soteropolitano (29/10) precisa ser revista.

Meus sinceros agradecimentos à turma de Jornalismo da Unijorge que cola grau em março de 2010

Há quase dois anos enfrentei um dos momentos mais traumáticos da minha vida profissional. Fizera uma escolha. Entre não abrir mão de princípios ou coadunar com valores que não acredito, optei pelo caminho das minhas convicções. Não aceitara declinar ante um rolo compressor cujo alvo eram pessoas com as quais tinha o compromisso ético de transmitir conhecimentos, meus alunos e alunas. E assim o fiz. Paguei o preço do desligamento de uma casa na qual cultivei amigos e amigas e colaborei com o desenvolvimento acadêmico. Deixara para trás cinco longos anos de dedicação e colaboração. Mas não foi em vão. Nos dias subsequentes à minha saída, senti o calor da solidariedade. Aqueles com quem militei academicamente se revelaram mais que alunos, mas portadores de iniciativas que valiam muito, muito mais do que pilhas de artigos escritos e textos consumidos. Meus alunos e alunas estavam exercendo o papel de cidadãos. Questionarem e protestarem não só quanto ao meu desligamento, mas, sobretudo, qu

Rock e Revolução

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Mais de 500 mil cubanos se reuniram neste domingo (20) na Praça da Revolução em Havana para assistir ao "Show pela Paz" do cantor colombiano Juanes, que provocou a ira dos anticastristas exilados nos Estados Unidos. Fonte: Blog do Noblat

O DEM e o PSDB têm medo da Internet?

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Dentre os itens contemplados nas discussões da mini-reforma política debatida no Congresso Nacional, o mais polêmico recai no uso da Internet na campanha eleitoral de 2010. De um lado, boa parte das oposições – sob a batuta dos senadores Marco Maciel (DEM-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - querendo censurar, fiscalizar e tutelar o uso político da rede mundial; do outro, os partidos de esquerda e aqueles alinhados ao Governo que desejam o uso livre da Internet. Explica-se a preocupação dos primeiros. A sociedade mundial passa por um processo de transformação no qual a mídia tem tido papel fundamental, e com um adendo: cada vez mais os meios de comunicação corporativos perdem espaços para as mídias alternativas, entre elas as redes sociais e a blogosfera. O efeito denominado de “pedra no lago”, ou seja, a possibilidade de formação de ondas de opinião pública a partir de poucos centros irradiadores – grandes redes de TV, revistas semanais e jornais tradicionais – esvai-se ante o cresciment

Carlista Paulo Souto ganha troféu Peroba

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Ao lado, Paulo Souto, à direita, saudando seu menestrel ACM O troféu Peroba dessa semana vai para o carlista Paulo Souto. Depois de impor um violento arrocho salarial no funcionalismo baiano, o afilhado político de ACM e candidato do DEM (ex-PFL) ao Governo da Bahia agora ataca de bom samaritano. Ele exige nomeações para servidores que se submeteram a concursos realizados durante sua gestão. Detalhe: os certames estavam com diversas irregularidades e nem ele mesmo assinou as nomeações. Assim é fácil fazer proselitismo político.

Critérios seletivos

Quais os critérios de noticiabilidade que têm movido os grandes órgãos de imprensa do país? A Folha de São Paulo publica artigo comentando a questão da segurança pública na Bahia, politizando o fato, claro. Todavia, fez a leitura dos incidentes na favela de Heliópolis, em São Paulo, sob a ótica meramente policial. Quanto à crise no Rio Grande do Sul, que envolve a governadora Yeda Crusius (PSDB) em escândalos dantescos de corrupção, a ponto da Assembléia Legislativa local acatar o processo de impeachment, a cobertura do fato é homeopática, clean, quase imperceptível. Nunca se viu tanto engajamento da imprensa corporativa tupiniquim.

O "flagra"

O site soteropolitano Bahia Notícias publicou nota assinada pelo repórter Daniel Pinto informando que “ (...) Circula pela internet um registro (ao que tudo indica) dos bastidores da campanha de 2002 (...) “. Na nota, o repórter aposta num “furo” ao se referir a um “filme” exibido na Internet que apresenta diálogo envolvendo o coordenador da campanha de Lula à época, José Dirceu, o marqueteiro Duda Mendonça e o assessor de assuntos econômicos Guido Mantega, hoje ministro da Fazenda. O repórter finaliza o texto com a seguinte assertiva: “o flagra veio parar no Bahia Notícias”. O que o repórter não sabe é que seu “flagra” beira o risível. O filme realmente existe e não é nenhum registro secreto que alguém deixou escapar. Trata-se de um pequeno trecho do documentário Entreatos , de João Moreira Sales, que já foi exibido nos cinemas e se encontra disponível para locação em diversas locadoras de vídeos. Interessante esse “furo”.

Raio X na Operação Jaleco Branco

Apuração, precisão, equilíbrio e isenção. Matéria veiculada neste domingo (13) no jornal A Tarde, que trata da Operação Jaleco Branco, se constitui no mais bem elaborado acervo documental acerca daquela operação da Polícia Federal, que no ano passado desmontou uma quadrilha que lesava os cofres públicos do Estado da Bahia. De autoria da jornalista Ludmila Duarte, da sucursal de Brasília, a matéria faz uma radiografia completa que supera os vícios do achismo, do fulanismo e do factóide, atendo-se a fontes e documentos precisos. Jornalismo de qualidade, por vezes tão raro de se encontrar no país.

O Tombo

Um vídeo hilário, um hipotético José Serra em desespero.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi calorosamente festejado no Festival de Cinema de Veneza, onde assistiu a apresentação de estreia do documentário "South of the Border", do diretor norte-americano Oliver Stone. O filme é uma incursão pelos países latino-americanos governados por projetos politicos de esquerda, em especial, a Venezuela. Segundo Stone, a motivação do seu trabalho não foi baseada apenas nos "ataques ridículos da imprensa (americana) contra Chávez", mas porque "Chávez é um grande fenômeno, protagonista de mudanças positivas em seu país". Certamente que esse episódio também deve estar incomodando a mídia tupiniquim que tanto mente e deturpa acerca dos governos progressistas na América do Sul. Veja o trailer.

Oliver Stone's South of the Border - Official Trailer

Gol de placa na oposição

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Um discurso enfático, um recado duro àqueles que querem colocar os interesses nacionais, os interesses da maioria da população, à mercê das lógicas de mercado. O texto lido pelo presidente Lula durante o ato de envio ao Congresso Nacional do projeto-de-lei que cria o marco regulatório para a exploração da camada pré-sal selou ideologicamente a questão. São gigantescas jazidas de petróleo e gás, situadas entre cinco e sete mil metros abaixo do nível do mar, sob uma camada de sal que, em certas áreas, alcança mais de 2 mil metros de espessura. Foi o suficiente para a entourage demotucana-midiático-oposicionista entrar em alarido. Os meios de comunicação pertencentes à midiocracia local logo trataram de arregimentar seus “especialistas” e “comentaristas” para buscar construir consensos e formar opiniões contrárias ao projeto. O diapasão comum entre eles é que o “mercado ficou assustado” com a proposta do Governo. Saudosismo da era FHC, quando foi quebrado o monopólio de exploração do pet

VALSA COM BASHIR (Waltz with Bashir) - Trailer Legendado

Vinte e seis cães o perseguem em sonho. É o numero de cachorros abatidos por Boaz, que aos 19 anos serviu no Exército de Israel na sangrenta Guerra do Líbano, em 1982. Os animais eram mortos para que não chamassem atenção durante as incursões nos vilarejos libaneses. As tropas israelenses caçavam ativistas palestinos e os latidos poderiam precipitá-los. Um tiro certeiro atinge a cabeça de um pobre animal, que tomba em segundos. A cena é triste e da a dimensão desumana daquele conflito que vitimou milhares de crianças, mulheres e velhos indefesos. Valsa com Bashir é um documentário que impressiona. Com linguagem em animação, o filme do diretor israelense Ari Folman é uma contudente denúncia contra um conflito sangrento, que culminou com o massacre nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, onde viviam milhares de palestinos. No personagem do ex-soldado Boaz, a guerra é revivida como uma espécie de catarse e os demônios advindo das suas agruras são exorcizados por ele e outros ex-comba

Palavras vazias....

Vazia, superficial e sem nenhum entendimento do processo histórico do Brasil. A “análise” postada num site de notícias soteropolitano sobre o Partido dos Trabalhadores é risível. Falta conteúdo, sobra proselitismo político com pinta de propaganda. Não, senhor colunista, o Partido dos Trabalhadores não é uma agremiação “desfigurada”. Sim, senhor colunista, realmente, o PT pode ter sido fruto de um sonho de “românticos esquerdistas”. Um romance advindo da dura realidade das lutas travadas nos últimos 30 anos por sindicalistas, movimentos sociais, intelectuais, estudantes e outros segmentos. Talvez o senhor não perceba, ou mesmo não tenha olhos para perceber, mas o Brasil está mudando e o PT é parte integrante e essencial deste novo momento. As transformações estruturais na sociedade não se explicam no entendimento de factóides envolvendo políticos A, B ou C que preenchem as chamadas da TV e as manchetes dos jornalões. Fulanizar o debate é o argumento lâmina-d´água das opiniões publicadas

Lina Vieira e o desespero da oposição

Quase dez vastos minutos foram varridos ontem à noite por um patético depoimento da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, na TV Globo. Hoje (19), os dois maiores jornalões da midiocracia paulista, A Folha e o Estadão, se apresentaram praticamente siameses na capa, com discursos e imagens quase idênticos. Em depoimento no Senado que durou cinco horas, afim de satisfazer a sede de factóides da oposição – partidária e midiática -, Lina Vieira sustentou um “fato” do qual não se lembrava da data e da hora que ocorreu: uma suposta reunião com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, onde esta teria pedido para ela agilizar investigação do fisco sobre a família de José Sarney. No depoimento, Lina construiu minúcias dignas das mais rocombolescas narrativas mexicanas. Quase um logral ensaiado. Para os Frias, Marinhos, Civitas, Mesquitas, entre outros representantes do Partido da Imprensa Golpista (PIG), o objetivo é a desconstrução pública da imagem de Dilma, candidata apoiada po

Operação pandemia (Legendado)

Um razoável argumento acerca do pânico causado pela Gripe A; por detrás, a indústria farmacêutica internacional

O que leva a midiocracia a querer fechar a TV Brasil?

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O jornal Folha de São Paulo, uma das maiores representações da mídia oligárquica do país, exigiu, por intermédio de editorial publicado neste sábado, o fim da TV Brasil. É um acinte! Os argumentos da família Frias sustentam-se na presumível baixa audiência da emissora e no “gasto” do dinheiro público para a manutenção do projeto. Aos fatos. A TV Brasil foi criada em 2007 e integra a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), que tem orçamento de R$ 350 milhões por ano e abarca nove rádios e duas outras emissoras. É uma iniciativa do Governo Federal que busca consolidar uma grande rede pública de teleradiodifusão no país. Um contraponto necessário ao monopólio exercido por grupos privados no controle da mídia. No Brasil, oito famílias dominam mais de 80% dos meios de comunicação social. Trata-se de verdadeira ditadura midiática, que se caracteriza pelo domínio cruzado – quando uma mesma empresa atua em segmentos de impressos, televisão (aberta e paga), rádio, internet e produção e distribuiçã

Um falastrão, apenas

Um ex-chefe da Agecom do governo Paulo Souto resolveu bater de frente com o publicitário Sidônio Palmeira. Aqui não cabe retornar à gênese do problema. Questiúnculas, apenas. No entanto, o ex-assessor Geral de Comunicação do Governo da Bahia deveria colocar boa quantidade de peroba na face. Ele cita a inexistência de direcionamento das contas de comunicação do governo passado em prol de uma agência que fazia as campanhas para a claque carlista. O que se sabe é que os veículos de comunicação do mangangão - a quem ele obedecia e lambia as botas - enriqueceram com farta publicidade oficial. E isso o ex-assessor entende como suposição. Tal fato não ocorreu, senhor ex-assessor? Ou sua memória é seletiva? O que dizer então das denúncias do “duto da Bahiatursa”, conforme informado pelo então deputado estadual Emiliano José? O senhor ex-assessor esqueceu também dos sucessivos aditamentos de alguns contratos de licitação por parte da Agecom na gestão de Paulo Souto? O senhor ex-assessor Geral,

A resposta do presidente da UNE, Augusto Chagas, ao tratamento preconceituoso da grande mídia

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O tratamento dispensado por parte da chamada grande mídia às organizações do movimento social no Brasil sempre foi o da desqualificação, criminalização e combate aberto. Com a UNE a situação não é diferente, mas houve, no último período, uma elevação no tom maldoso e até inescrupuloso com o qual esses veículos têm tratado a entidade que representa os estudantes universitários brasileiros. A UNE acaba de sair do seu 51º Congresso, um dos mais importantes e o mais representativo da sua história. Mais de 2.300 instituições de ensino superior elegeram representantes a este fórum, contabilizando as impressionantes marcas de 92% das instituições envolvidas, mais de 2 milhões de votos nas eleições de base e de 4 milhões e meio de universitários representados. Nosso Congresso mobilizou estudantes de todo o país, que por cinco dias debateram o futuro do Brasil – a Popularização da Universidade, Reforma Política, Democratização da Mídia, Defesa do Pré-Sal, etc. Se a imprensa brasileira trabalhas

A origem genética de ACM Neto

ACM Neto, o playboy moderninho, tenta se desvencilhar da herança fascista do avô, mas não esperem atitude diferente daquele deputado do DEM, que esconde verdadeiro ovo da serpente.

Dia do Rock, dia de contestação

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Na segunda-feira, 13, comemorou-se o Dia do Rock. Confesso uma certa nostalgia. Aos 13 anos, ainda ginasiano, fui à casa de um colega que sapecou a agulha da vitrola num long play. Uma guitarra vibrante e um refrão: “Whola lota love” . Paralisei. Ouvia pela primeira vez o som de uma das bandas mais emblemáticas do mundo rocker , o Led Zeppelin. Creio, um bom ponto de partida. Colecionei discos – os antigos bolachões – de várias bandas e passei a me interessar pelo gênero, não apenas musicalmente, mas por atitude. A guitarra de Jimi Hendrix, a voz de Janis Joplin e o gingado de Chuck Berry não eram apenas música; assim como o estridente sucesso dos Beatles e dos Rolling Stones. Algo maior estaria por detrás daquela engrenagem. Indaga-se então a questão mais cara e grandiloquente àquela movimentação que vinha dos poros da juventude: é tudo alienação? Simples produtos da indústria cultural? Não se pode negar a máquina do mercado fonográfico como principal constructo planetário desse gêner

Nos tienen miedo porque no tenemos miedo (canción)

Cenas que a mídia do Brasil não apresenta; um belo canto de libelo contra o golpe militar que está oprimindo o povo hondurenho.

FISL 8.0: Celepar entrevista Sérgio Amadeu

O cientista político Sérgio Amadeu fala sobre a luta política pelo software livre na sociedade da informação. Trata-se de um grande pesquisador do tema. Aproveitem a entrevista.

Charge do dia

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