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Mostrando postagens de novembro, 2009

Wagner na frente

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Foto/Agecom/BA Os números começam a clarear a realidade. Pesquisa divulgada no início desta semana pelo Instituto Campus aponta vantagem do governador Jaques Wagner na corrida sucessória ao governo da Bahia em 2010. A sondagem envolveu um universo de 2587 entrevistados em todo o estado, entre os dias 15 a 23 de novembro. Na mostra espontânea, Wagner aparece com 33,1% das intenções de voto contra 11,6% do ex-governador Paulo Souto (DEM). O ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) surge em terceiro lugar com apenas 3,4%, seguido de ACM Neto (DEM) com 1,6%. Na pesquisa estimulada, Wagner permanece na primeira colocação com 48,4% dos votos, enquanto Souto surge com 26,4%, Geddel com 12% e Hilton (PSOL) com 1,5%. O instituto simulou também os resultados para o segundo turno. O governador lidera, quando confrontado com Paulo Souto, com 56,3% dos votos. Seu antecessor perderia a eleição, pois obteria apenas 33,1%. Wagner ampliaria a vantagem se disputasse a segunda rodada eleitoral com Geddel, se

O triste fim de FHC

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Realmente, o efeito do discurso de Fernando Henrique Cardoso, publicado há alguns dias no jornal da família Mesquita, demonstrou seu "poder arrasador”. Esquecido no anonimato da política, o ex-presidente sociólogo quis mostrar as mangas e provocou um estrago no candidato a presidente do seu partido, o governador José Serra (PSDB-SP). De acordo com a pesquisa CNT Sensus, em setembro o presidenciável tucano tinha 39,5% e a ministra Dilma Roussef, candidata do PT, 19,0%; neste mês de outubro José Serra obteve 31,8% e Dilma Rousseff 21,7% das intenções de voto. Nesta última, Ciro Gomes (PSB-CE) também aparece com 17,5%. A diferença entre Serra e Dilma, que era de 20 pontos, caiu para 10. A campanha de Serra acendeu a luz amarela – quiçá a vermelha – e agora trata de esconder o contêiner que se transformou FHC para a propaganda do seu candidato, ou melhor, a anti-propaganda. A pesquisa indica que o “Príncipe de Sorbone” é quem tem tirado votos de Serra. De acordo com o presidente da CN

PIG foi desmascarado categoricamente

É interessante como o Partido da Imprensa Golpista (PIG) está tratando o blecaute ocorrido na terça-feira desta semana em decorrência de fatores climáticos que afetaram a subestação de Furnas, na região de Itaberá (SP). O incidente está sendo politizado pela oposição partidária-midiática. Os jornais das famílias Mesquita, Frias e Marinho, o Estadão, a Folha de São Paulo e o Globo, respectivamente, estão denominando o ocorrido de “apagão”, ainda que nem de longe este se compare ao da era FHC, quando o país efetivamente parou. Certamente que eles querem apagar aquele momento trágico do Brasil com um episódio que durou, no máximo, três horas. No entanto, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, desqualificou categoricamente os argumentos das claques oposicionistas assim como os do PIG. Veja o vídeo abaixo.

Fatores atmosféricos que causaram blecaute são raríssimos

Um desmentido ao PIG

Requiém para alguns do DEM

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Durante passagem em Campinas-SP no último final de semana, tive a oportunidade de presenciar o típico furor reacionário de alguns segmentos da sociedade brasileira. Em meio a uma rodada de drinks, dois dos presentes, com sangue nos olhos e expressões de cães raivosos, vociferavam indignados contra as políticas de transferência de renda do Governo Federal. Bradavam contra o Programa Bolsa Família com a anuência de alguns convivas e só tinham como contraponto a palavra sensata de uma jovem assistente social, Renata Fernandes. Sai em defesa de Renata e, sobretudo, dos meus princípios. Cabe uma reflexão acerca daquela querela. O que de fato move o ódio daquelas pessoas, representantes fidedignas do pensamento reacionário brasileiro, além da estúpida vizeira que trazem consigo nas faces? A resposta não abre mão de uma sucinta explicação histórica, e quiçá com um adendo psicológico. Trata-se de herança mental de quem um dia, não muito distante, usou botas e chibatas para espancar escravos na

Uma justa homenagem para Marighella

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Existe um monumento na Avenida Luis Viana Filho, em Salvador, que homenageia o falecido deputado federal Luis Eduardo Magalhães (PFL), filho do também falecido senador Antonio Carlos Magalhães, o ACM (DEM, ex-PFL). Trata-se de uma obra que apenas enaltece o legado de uma dinastia política que dominou a Bahia com unha de ferro durante décadas. A família Magalhães fermentou seu poder como uma espécie de apêndice do Regime Militar em consonância com interesses econômicos e políticos. As regras no Estado foram ditadas de forma violenta e autoritária, em todo seu tecido institucional e para além dele. O carlismo foi uma variável fascista do regime na Bahia. O que este blog está propondo é a erradicação daquele monumento para que no local se erga homenagem a um verdadeiro herói baiano e brasileiro, Carlos Marighella, o inimigo número um da ditadura militar. Há 40 anos Marighella foi assassinado pelos órgãos de repressão. O militante foi morto na Rua Casa Branca, centro de São Paulo, em 1969,

Neguinho do Samba não foi notícia na Globo

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Não, Neguinho do Samba não foi apenas um figurante nos clipes de Michael Jackson e Paul Simon. O baiano Antonio Luis Alves de Souza, um dos mestres da MPB e criador da batida do samba-reggae, foi um dos músicos mais criativos e geniais do país e já tem seu nome garantido no roll dos melhores do mundo. Falecido no último dia 31, sábado, Neguinho, completos 54 anos, foi enterrado em Salvador na tarde de terça-feira desta semana numa comovente cerimônia. Mesmo assim, o mestre e educador de centenas de crianças, às quais ajudava a ter um futuro mais digno e cidadão, não foi pauta no Jornal Nacional no dia do seu enterro. A Rede Globo se omitiu em noticiar a cerimônia fúnebre do mestre do Pelourinho no seu jornal de horário mais nobre. O fato expõe um problema da mídia corporativa brasileira: o olhar para o próprio umbigo. Ou seja, as ocorrências do centro-sul do Brasil sempre ganham relevância, por mais inexpressivas que sejam. Os critérios noticiosos que deveriam permear uma emissora que

Psicanálise para FHC, já!

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Às vésperas do feriado do Dia dos Mortos o cadáver político insepulto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tentou desesperadamente um pequenino lugar à luz das ribaltas. E conseguiu. O demiurgo da intelectualidade tucana publicou artigo rancoroso em alguns jornais da campanha do governador José Serra (PSDB-SP) atacando o governo do presidente Lula. Com um texto que não esconde pontas de mágoa e inveja, o doutor em Sociologia procurou desconstruir ações e conquistas da gestão do operário-presidente. Justificável, comparar os dois períodos é até covardia. Portanto, sobram ressentimentos ante o esquecimento do acadêmico Fernando Henrique que teve seu passado político recente ofuscado ante os avanços inquestionáveis obtidos no governo de um ex-retirante nordestino. Aninhando no colo das elites, FHC utilizou clichês e jargões que muito lembram aqueles disparados pelas forças reacionárias que apearam João Goulart do poder em 1964, a exemplo de “Estado sindicalista”. Diz Fernando Henriq