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Mostrando postagens de maio, 2017

Nem sempre a lua vai sorrir

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Já passava das 13h30. O domingo corria conforme desenhado. Depois de castigar a sola do tênis por seis quilômetros numa corrida prazerosa e encarar um self service daqueles que o sujeito sai cheirando a comida, o script de Marcos deveria ser levado a cabo. O quarto, as revistas não lidas, o livro marcado inconcluso. O Bahia que jogaria às 18h. Tudo pronto a ser devorado. Domingo resolvido. Esparramar na cama e fazer o que gosta. Coisas de cinquentão. Antes, ele alcançou o celular que convidava a uma última olhada. Havia ditado a si próprio o detox digital desde às 9h, quando acordou. Necessário. A overciber da semana reiniciaria no dia seguinte. Um último toque num app de relacionamento, espécie de aplicativo bumerangue que já frequentava seu aparelho num jogo de downloads intermitente, conforme o momento existencial e emocional. Se a loja fosse multá-lo pelas inúmeras vezes que apagara e voltara com a conta era certeza de falência. Um, dois, três, quatro... no quinto des