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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Não consigo ser "técnico"

Uma pequena querela com uma colega de trabalho suscitou a reflexão de algo que entendo como um problema de ordem epistemológica. Sim, porque discurso. Ao criticar o posicionamento de um articulista baiano, que por questões pessoais defenestrou publicamente um secretário de Estado da Bahia na sua coluna diária, fui apartado em nome da “liberdade de expressão” desse jornalista. Pensei: seria mesmo liberdade de expressão ou liberdade de impressão? Ou mesmo liberdade de empresa? E quando o posicionamento de um jornalista pode ser algo meramente “técnico”? Alguém pode se posicionar “tecnicamente” quando se trata de discutir idéias? Taí, fico cá a pensar com meus pardos botões. Ávido pelas respostas a tais indagações, não as encontro nos labirintos da sociologia, nem tão pouco da lingüística. E olha que daria tudo para encontrá-las. E engraçado que sempre recebo a pecha de “xiita”. Desculpem, leitores, meus pouquíssimos leitores, mas agora fui tomado por uma vontade inenarrável de rir, rir d

A Bolívia avança, mas a mídia não noticia

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Evo Morales, presidente da Bolívia: "Refundamos o país" Quase ninguém noticiou, e quem o fez não detalhou. A nova constituição boliviana foi referendada por cerca dos 60% dos votos. Para o presidente Evo Morales, trata-se da “refundação da Bolívia”. A carta aprovada traz avanços significativos para o povo boliviano. Entre as principais mudanças, constam: o tamanho máximo das propriedades rurais será de cinco mil hectares; povos indígenas passam a ter a propriedade dos recursos florestais e direitos sobre a terra e os recursos hídricos; e as empresas estrangeiras serão obrigadas a reinvestir seus lucros na Bolívia. Vale registrar que na pergunta sobre o tamanho máximo de uma propriedade agrícola (10.000 ou 5.000 hectares), a opção 5.000 ganhou por 78%, tendo triunfado mesmo nos departamentos da chamada "meia lua", redutos da oposição. Um importante aspecto do texto diz respeito à ampliação dos direitos sociais e políticos dos povos indígenas. Estes passam a dispor de

Estados Unidos declaram apoio incondicional à chacina

Agora é oficial. O Congresso norte-americano está em vias de aprovar o apoio incondicional dos Estados Unidos à agressão de Israel à Faixa de Gaza. A informação foi passada à agência France Press pela presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, do mesmo partido de Barack Obama. Segundo a mesma fonte, o documento também conta com a aprovação da maioria dos senadores, tanto democratas quanto republicanos. Como já dito neste blog, na terra do Tio Sam existe um monopartidarismo disfarçado de bipartidarismo que faz o papel único de defensor dos grandes interesses das indústrias bélica e petrolífera.

O massacre de Gaza pela ótica do chargista Latuff

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Objeção de consciência de jovens de israel Envie Carta de apoio www.december18th.org

Os Shministim são jovens estudantes israelenses, todos com idade entre 16 e 19 anos, no final do segundo grau. Eles recusam o alistamento no exército de Israel por objeção de consciência. Estão presos por isso. Esses estudantes defendem um futuro de paz para israelenses e palestinos e negam-se a pegar em armas. Além da prisão, enfrentam uma enorme pressão da família, de amigos e do governo de Israel. No dia 18 de dezembro foi iniciada uma campanha mundial pela libertação desses jovens.

O silêncio previsível de Barack Obama

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Há alguns meses escrevi um artigo que alertava quanto às excessivas expectativas em relação à eleição do senador Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos. Incensado como uma espécie de novo messias da humanidade, Obama ganhou as páginas da mídia internacional prometendo encerrar a chamada era Bush, o presidente fundamentalista e belicista que representou durante oito anos a “América profunda”. George Bush seria o fidedigno retrato dos "nucas vermelhas", os fazendeiros brancos, racistas e reacionários do sul dos Estados Unidos. Um presidente negro representaria outros interesses. A princípio. Portanto, não cheguei a vibrar com o fato e procurei dosar o entusiasmo dando o devido desconto ao carnaval midiático. Às notícias, faltavam os necessários filtros requeridos para uma avaliação mais serena acerca da eleição de Obama. Passada a euforia, dois episódios se apresentam necessários para uma ponderação mais equilibrada: a crise econômica e o massacre israelense na Faixa de

A revista Veja é um estupro mental

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Acima, os "extremistas" que a revista Veja afirma que Israel matou em defesa própria Já tinha cansado de criticar a Veja. Não dá pra competir com tantas asneiras, sandices, cretinices e fundamentalismos ideológicos de direita. A Veja tenta comover corações e mentes de parcelas significativas das classes médias com suas teses reacionárias, mas agora extrapolou. A revista que se jacta de ter a maior circulação nacional simplesmente está defendendo o assassinato em massa de palestinos, de crianças palestinas! Sempre achei que o articulista da Veja on-line, Reinaldo Azevedo, era um criptofascista. Agora não tenho mais dúvidas, Azevedo é um fascista assumido. Ou um psicopata das letras. Creio que se ele tivesse feito a cobertura do julgamento de Nuremberg, certamente cederia sua pena para defender os criminosos nazistas que assassinaram milhões de pessoas nos campos de concentração. Agora ele defende os assassinos israelenses. Não, ele não dissimula seus argumentos, ele os assume