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Malabarismo narrativo para passar recibo

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Mais uma vez a Rede Globo disponibilizou sua artilharia de mídia a serviço do recrudescimento do golpe de abril deste ano. Tanto o canal aberto quanto a Globo News se constituíram em panfletos de convocação à patuscada fascista registrada em diversas capitais que, ao fim e ao cabo, ficou aquém do previsto.   Onde se esperava multidões, não foi registrado.  A estratégia de propaganda consistiu em câmeras postadas em torno de 10 a 15 metros de altura para enquadrar aglomerados de pessoas com o fito de dar grande dimensão ao espetáculo circense-fascista. Assim se procedeu em São Paulo e Curitiba.  Em outros locais, os registros foram no chão. Enquadramentos estrategicamente dimensionados para captar faixas e bonecos inflados que remetiam aos clichês de patuscadas passadas. "Fora Dilma"; "Prisão para Lula"; "Viva Moro" etc.  Nenhum registro de desagravo ao ilegítimo e corrupto Temer. Até mesmo porque este não era o intento das hordas fascistóide

kristallnacht à brasileira?

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Não fico triste. Não fico perplexo. Sim, confesso que tenho vontade de uma gargalhada recôndita. Mas o faria se o quadro não fosse por demais preocupante. Sociológica e psicologicamente. Nos anos 20 do século passado o psicanalista alemão William Reich escreveu "Psicologia de Massas do Fascismo". Ele buscava entender como a ideologia nazista ganhou boa parte da população da Alemanha, sobretudo os jovens e, sim, o operariado germânico. Quase 100 anos se passaram desde que a obra foi publicada. E nunca esteve tão atual, no Brasil e no mundo. Vi algumas postagens de pessoas jovens, que tiveram acesso à educação privada e cursaram mais de uma faculdade. Elas comemoravam a notícia (de uma fonte que não me é familiar) de que caso Lula venha a ser preso os parlamentares do PT renunciariam em bloco. Co-me-mo-ra-vam! Isso mesmo. Reitero, não me tomo triste nem perplexo. Para mim, casos a serem estudados como fenômeno. Parto da premissa de que o consórc