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Mostrando postagens de janeiro, 2007

Cinema de primeira

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O que um criador de cabras no Marrocos, uma família classe média norte-americana, uma empregada mexicana imigrante e um executivo japonês, pai de uma deficiente auditiva, podem ter em comum? Babel, o novo filme do diretor mexicano Alejandro Gonzalez Iñarritu, estrelado por Brad Pitt e Cate Blanchett, consegue amarrar, num excelente e bem inspirado roteiro, histórias de pessoas comuns que, entrelaçadas pelo destino, servem como pano de fundo para discutir desde a condição humana a relações de poder num mundo globalizado. É cinema de primeiríssima qualidade. Há quem diga que o filme de Iñarritu “é um festival de descompassos”, como apontou a jornalista Isabela Boscov, da revista Veja. Deixemos as tolices da Veja e seus críticos para lá, afinal de contas é pedir demais algum tipo de postura ética e sensata naquelas páginas. O fato é que a película não se candidata ao Oscar à toa. Nada disso. É a indústria cinematográfica dos Estados Unidos que se curva à maestria de uma discussão pra lá d

Raríssimo conceito de democracia

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Alexandre Garcia, um dos porta-vozes do jornalismo na Globo destila exclusivo e bem particular conceito de democracia Um “bem entendido” conceito de democracia se alastra entre alguns comentaristas e jornalistas da Globo: a Venezuela tem um governo autoritário porque não irá renovar a concessão da Radio Caracas Televisión (RCTV). Aliás, a Venezuela foi o último assunto abordado entre os repórteres globais Renato Machado, Alexandre Garcia e Miriam Leitão quando entrevistavam, na semana passada, a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência Dilma Roussef. Reconheçamos, o modos operandi discursivo estabelecido pela editoria do Jornal da Manhã foi matematicamente planejado. A começar pelos questionamentos ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Causa verdadeiro estorvo à Globo pensar em um Estado que invista na infraestrutura, educação e saúde. Para eles, crescimento só deve e pode existir se o Estado encolher e o sacrossanto mercado tomar as rédeas do país como a raposa toma conta do