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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Espaços de indignação. E de alguma esperança

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O que esperar das redes sociais para as transformações políticas? Para Manuel Castells, a premissa é de que a mudança do ambiente comunicacional afeta diretamente as normas de construção de significado e, portanto, a produção de relação de poder. O sociólogo espanhol avalia que os levantes populares da Primavera Árabe, a Revolução das Panelas na Islândia, o Occupy Wall Street, a rebelião dos Indignados da Espanha e as chamadas Jornadas de Junho no Brasil decorreram, entre outros fatores, da emergência do que entende como “autocomunicação“. Guardando diferenças econômicas, políticas e sociais, Castells observa que estes levantes tiveram como característica comum duas situações: a existência concomitante de redes mediadas por computador e dispositivos móveis e ocupação de espaços públicos, fenômenos os quais classifica de “híbridos”. Em Redes de Indignação e Esperança - Movimentos sociais na era da internet (faça o download aqui) , o pesquisador analisa estas mobilizações atentando

Acasos, destinos e amores

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Acasos, destinos e amores que se trançam em meio a lembranças que unem passado e presente. Há filmes que são feitos para eternidade. Trem noturno para Lisboa, adaptação do livro do francês Pascal Mercier, é um deles. Um professor suíço, magistralmente interpretado por Jeremy Irons, é movido pela curiosidade quando se depara, em situação inusitada, com um livro-relato de um autor português. Lisboa é o seu destino. É lá que resolve desencavar episódios que o levam aos primeiros anos dos 70 em meio à ditadura de Salazar. Mais do que ilustrar a violência de um regime cruel e fascista, o filme do diretor dinamarquês Bille August discute relações humanas. Ser bom ou mal, amar e trair são posturas e sentimentos que passam à margem de posicionamentos políticos e ideológicos. O tempo se encarrega de explicar os destinos e escolhas dos personagens. A Revolução dos Cravos, em 1974, que libertou Portugal, também aprisiona ressentimentos e mágoas. A produção alemã de 2013, que tra