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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Os ovos e suas serpentes

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As serpentes voltam a rasgar as cascas dos ovos. A insubordinação de policiais militares ocorrida esta semana em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano – distante 520 quilômetros de Salvador -, que não admitem as investigações para elucidar o assassinato de 14 pessoas e o desaparecimento de três menores na cidade, é um pequeno sintoma da doença moral que atinge diversas parcelas da sociedade brasileira. E o histórico clínico dessa enfermidade remonta, em boa medida, à institucionalização da violência e da impunidade que imperou ao longo do regime civil-militar que perdurou no país por 22 anos. São demônios ainda manifestos e que resistem de forma estridente a qualquer tentativa de exorcismo. Para eles, o respeito à legalidade constitucional é entendida como vingança, retaliação e revanchismo. Ao tentar rechaçar o Plano Nacional dos Direitos Humanos 3, um documento debatido por diversos segmentos sociais, a fina flor da entourage direitista insiste na falseta de um salvo-conduto que a

A privataria de FHC e José Serra: recordar é viver...e lembrar que jamais poderemos retroceder!

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José Serra, ao lado de Elena Landau (depois ligada ao grupo Opportunity), bate o martelo em um dos leilões de privatização. A cada batida de martelo, bilhões do patrimônio público nacional eram retirados da mão do povo brasileiro e entregues a investidores privados. Privatizar tudo! Era a palavra de ordem de José Serra quando era ministro de FHC, em 1995 Revista Veja do dia 03/05/1995:

Qual o motivo da censura na Internet ao governador Jaques Wagner ?

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Ora, vejam, a Procuradoria Regional Eleitoral da Bahia (PRE-BA), acatando representação feita pelo PMDB baiano ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), pediu à Justiça a retirada, por 24 horas, da página do Twitter do governador da Bahia Jaques Wagner (PT). O argumento é de que Wagner estaria fazendo propaganda política no microblog. É, as novas mídias começam a se consolidar, e, de fato, a incomodar. De início festejada como uma nova arena política em cujo espaço havia, e de certo modo há, lugar para todas as correntes de opinião, a web está se transformando num problema para aqueles que transitam na rede apenas para marcar posição. Assim como na vida dita real, na sociosfera do espaço virtual, como queiram, um quesito que ainda se mantém determinante é a mobilização militante. No caso do Twitter de Jaques Wagner este é o fator-chave que provocou a ira dos oposicionistas na Bahia. Blogs e sites, apenas, não fazem a diferença se as redes de mobilização não se materializam. Fica difícil

A apropriação da democracia dos EUA pelas empresas

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Chomsky: A compra direta das eleições Atualizado em 18 de fevereiro de 2010 às 13:22 | Publicado em 18 de fevereiro de 2010 às 13:20A apropriação da democracia dos EUA pelas empresas Com a decisão do Supremo Tribunal dos EUA de 21 de Janeiro deste ano, os gestores das empresas podem passar a comprar eleições directamente. Por Noam Chomsky, na Esquerda.Net O dia 21 de Janeiro de 2010 irá permanecer como um dia sombrio na história da democracia dos EUA e do seu declínio. Nesse dia, o Supremo Tribunal dos EUA decidiu que o governo não poderá impedir as empresas de fazer gastos políticos nas eleições - uma decisão que afecta profundamente a política governamental, quer interna quer externa. A decisão marca ainda mais a apropriação pelas empresas do sistema político dos EUA. Para os editores do The New York Times, a decisão "atinge o coração da democracia" tendo "aberto caminho para as empresas usarem as suas vastas tesourarias para dominar as eleições e pressionar os polít

Venezuela tem um PAC para as favelas: teleféricos. Quem disse que pobre precisa dormir ?

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Venezuela inaugura bondinho que transporta moradores de morros. Teleféricos em Caracas começaram a operar nesta quinta-feira (18). Eles percorrem 1,8 km e ligam comunidades em morros da capital. Francamente, a Venezuela não tem salvação. Onde já se viu investir em transporte público ? Onde já se viu permitir que o favelado durma um pouco mais, antes de ir trabalhar ? Quem disse que o pobre precisa dormir ? Onde já se viu iluminar a favela ? Onde já se viu botar teleférico no Morro do Alemão, no Rio ? Isso é “eleitoreiro”. Onde já se viu botar teleférico no Pavão, Pavãozinho ? Populismo. Demagogia. E na Rocinha ? Aquilo não tem conserto. Eles gostam mesmo é de viver na miséria. A única saída é a remoção. Levar os pobres (nordestinos) para o Jardim Romano e esperar que eles morram de leptospirose. Ou de mega-diarreia. A Venezuela é um caso perdido. Bom é alagar o Jardim Romano é botar a culpa nos pobres (nordestinos) que ousam morar ali, em lugar de viver no Morumbi. Por Paulo Henrique A

Caiu de pato

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Mordeu a isca. FHC quer o plebiscito, então terá. Não obedecendo aos apelos da entourage serrista, FHC, a múmia, resolveu mais uma vez espanar a poeira no seu sarcófago e publicou artigo em um dos jornais de campanha do PSDB, o Estadão. Memória curta, o príncipe da sociologia tentou adornar os pífios dados dos seus oito anos de gestão com o argumento de que neles teria se dado o início dos programas sociais, além de taxar de “mentiroso” o presidente Lula. A bem da verdade, o próprio FHC se trai quando cita supostos casos de “eficiência” do seu governo. E vejam, teve o displante de afirmar que modernizou a Petrobrás e capitalizou bancos estatais, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BNDES. Rapidamente os fatos se encarregam de dizer quem foge à verdade, se não o próprio FHC. Tomemos como exemplo a capitalização do Banco do Brasil, alegada por ele como um dos “cases” de sucesso da sua gestão. O BB recebeu a injeção de apenas R$ 8 bilhões, e mesmo assim para que a institu

FILHOS SENDO TIRADO DO PAI - DIVULGUEM

É a medida da maldade maternocrata. Dois garotos, mesmo querendo ficar com o pai, são tirados violentamente do convívio paterno a partir de uma decisão judicial. Trata-se de Waldemar, um homem trabalhador que ama seus filhos e está sendo violentamente injustiçado por uma ex-mulher insana. Os grupos militantes pelos direitos dos pais já estão mobilizados para reverter a situação e fazer justiça às crianças. O vídeo é forte e retrata a dor deste pai, assim como a dos seus filhos, que relutam em voltar de forma violenta para a guarda da mãe. Assistam e divulguem.

Por que José Serra não fala sobre enchentes na Globo?

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Enquanto as chuvas desintegram São Paulo, paira a dúvida neste humilde blogueiro em quais planos de “realidade” o Jornal Nacional e os veículos da família Marinho conseguem se enquadrar. Ou melhor, observar e reportar, se for este, stricto senso , o objetivo do jornalismo. Há um mês que a cobertura do Jornal Nacional sobre os dilúvios diários nas cidades paulistanas sustenta a tese de que os estragos provocados são culpa única e exclusiva de São Pedro e da população pobre, que teima em sujar os bueiros e bocas de lobo. Em 50 dias de matérias e reportagens nenhuma palavra do governador do Estado, José Serra (PSDB), ou do prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM). É como se paulistas e paulistanos vivessem numa espécie de terra de ninguém que passou a ser governada por Iansã, a orixá dos raios e trovões. Bom lembrar que depois das imagens e comentários sobre as devastações diárias, a preocupação do jornalismo de Ali Kamel – o poderoso diretor da Globo - recai sobre as palavras da garota

O tacape certeiro de Leandro Fortes

A prisão de nove lideranças do MST, no interior de São Paulo, algumas das quais filiadas ao PT, foi o ponto de partida de uma estratégia eleitoral virtualmente criminosa e extremamente profissional, embora carente de originalidade. Trata-se de perseguição organizada, de inspiração claramente fascista, de líderes de um movimento que diz respeito à vida e ao futuro de milhões de brasileiros, que revela mais do que o uso rasteiro da política. Revela um tipo de crueldade social que se imaginava restrita a políticos do Brasil arcaico, perdidos nos poucos grotões onde ainda vivem, isolados em seus feudos de miséria, uns poucos coronéis distantes dos bons modos da civilização e da modernidade. No entanto, o rico interior paulista, repleto de terras devolutas da União griladas por diversas gerações de amigos do rei, tem sido um front permanente dessa guerra patrocinada pela extrema direita brasileira perfilada hoje, mais do que nunca, por trás da bela fachada do agronegócio e sua propalada imp