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A centrífuga do manguebeat

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“Pernambuco tem uma música que nenhum outro lugar tem”. A assertiva utilizada pelo jornalista José Teles não se pretende bairrista como a princípio possa parecer. Não é. Em “Do frevo ao manguebeat” , lançado pela editora 34, 367 páginas e orelhas assinadas pelo crítico Tarik de Souza, Teles desvela o histórico das manifestações estético-musicais de Pernambuco sem perder a perspectiva dos entrelaces desses movimentos com outros que ocorrem no país e no mundo. Embora o carnaval pernambucano se apresente como o fio que conduz o autor às explicações do maracatu e do frevo, a origem desses ritmos só faz sentido se entendida no contexto socioeconômico do então estado mais pujante do Nordeste nos anos 50, e sua capital, Recife. A outrora maior metrópole da região abrigou a primeira grande gravadora fora do eixo Rio-São Paulo. Pela iniciativa do empresário José Rozenblit a produção musical do estado encontra canais para acessar o sul maravilha.      A capoeira, o frevo, o maracatu e s