Palavras vazias....

Vazia, superficial e sem nenhum entendimento do processo histórico do Brasil. A “análise” postada num site de notícias soteropolitano sobre o Partido dos Trabalhadores é risível. Falta conteúdo, sobra proselitismo político com pinta de propaganda. Não, senhor colunista, o Partido dos Trabalhadores não é uma agremiação “desfigurada”. Sim, senhor colunista, realmente, o PT pode ter sido fruto de um sonho de “românticos esquerdistas”. Um romance advindo da dura realidade das lutas travadas nos últimos 30 anos por sindicalistas, movimentos sociais, intelectuais, estudantes e outros segmentos. Talvez o senhor não perceba, ou mesmo não tenha olhos para perceber, mas o Brasil está mudando e o PT é parte integrante e essencial deste novo momento. As transformações estruturais na sociedade não se explicam no entendimento de factóides envolvendo políticos A, B ou C que preenchem as chamadas da TV e as manchetes dos jornalões. Fulanizar o debate é o argumento lâmina-d´água das opiniões publicadas daqueles que almejam o status de formadores da opinião pública. O que não são. Melhor seria deixar o varejo e enxergar a história em curso. Na tensão hegemônica e contra-hegemônica que envolve os diversos segmentos da disputa política na esfera pública, o PT tem sabido conduzir suas estratégias, com recuos e avanços, para que o país seja mais democrático, em todos os sentidos. Nunca se ampliou tanto a participação popular nas tomadas de decisão. O Estado, por sua vez, é agente determinante no combate às desigualdades sociais e regionais; o Brasil tem superado uma aguda crise econômica internacional de forma inclusiva, elevando a qualidade de vida das camadas mais pobres da população. Só é observar e saber ler os indicadores econômicos e sociais. Trata-se de conduta, diga-se, dissociada da sanha entreguista e privatista que não respeitava o patrimônio público. Tempos de triste memória. No plano internacional, o país tornou-se respeitado e ouvido, deixando de ser subserviente aos interesses das potências hegemônicas. A popularidade do presidente Lula não é um fenômeno dissociado desse contexto, senhor colunista. Tentar enquadrar de outra maneira é revirar Max Weber no túmulo. Felizmente, nobre escriba, a opinião da maior parte da população é bem diferente da sua perspectiva de mundo, do que seu mundo ideológico almeja. Ninguém desfibra com parcas palavras e rarefeitos argumentos o maior e mais popular partido político da história do Brasil.

Comentários

Cara, esse papo deste tal "Salustiano" é cansativo e reducionista demais. Será que ele imagina, realmente, que a coluna dele interferiu no processo de declínio do senador ACM? Será que ele realmente compreende o novo sentido dado ao debate democrático?
Esse povo vive na lógica burguesa do parlamento e das instituições estabelecidas e não compreende a substancial modificação na estrutura da esfera pública, a partir de conferências, formação de conselhos com a participação maioritária da sociedade civil organizado, assim como eleições diretas nas escolas. O senado precisa acabar mesmo e se Lula acredita no parlamento (o que não acredito, sinceramente) ele será engolido pelo próprio processo real e substancial de democratização que ele iniciou. Ora, bolas. Vá se danar Salustiano!!! Sócrates
E se o PT hoje mantém o Sarney é por uma questão pragmática mesmo. Eu quero mesmo é que o senado termine, fique malmente em pé a Câmara dos Deputados!!! Democracia é consulta popular, sem essa história aristocrática. Sócrates
Lidia disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Lidia disse…
Parabéns pelo Blog!
Em um tempo em que acreditar e se posicionar de forma lúcida e sincera na política parece ter se transformado em "coisa para ingênuos" você expõe suas idéias em textos provocativos e ao mesmo tempo de leitura confortável...
Espero que mais pessoas tenham acesso aos textos e sejam convidadas a pensar e refletir pelas provocações!

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