Uribe e o jogo do império. Ou porque Ingrid Bettancourt demorou ser libertada
No último dia dois de julho o mundo foi surpreendido com a libertação de Ingrid Betancourt, que estava havia seis anos encarcerada na selva colombiana pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. Bettancourt foi seqüestrada pela guerrilha em 2002 quando se lançava candidata à presidência pelo Partido Verde Oxigênio. Tinha 0,2% das intenções de votos. Com ela, outros 14 reféns também foram libertados, entre eles três norte-americanos agentes da CIA. O resgate da ex-senadora foi marcado pela histeria conservadora e dos seus representantes na mídia. No entanto, nenhuma palavra que questionasse porque Bettancourt não foi libertada meses antes. Prevaleceu a estratégia de Washington e a do seu aliado na América do Sul, o presidente colombiano Álvaro Uribe. Um estratagema fácil de desmontar. No final do ano passado o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, iniciou a intermediação para a soltura de diversos reféns das Farc, inclusive Bettancourt. A iniciativa de Chávez fora acompan...