Pequeno irmão. Quando o ativismo hacker juvenil subverte os EUA
Os Estados Unidos estão sob estado de sítio após um atentado terrorista. Na cidade de São Francisco, Califórnia, um grupo de adolescentes hakers luta contra os atos arbitrários perpetrados pelo Departamento de Segurança Nacional. As liberdades civis são suprimidas e a ação na Internet é a última fronteira de resistência de jovens colegiais que não se submetem à paranóica vigilância das autoridades. Este é o cenário que ambienta a ficção Pequeno Irmão , do jornalista, escritor e ciberativista canadense Cory Doctorow, que no Brasil foi publicado pela Galera Record. O livro tem pose de literatura juvenil, mas o que de fato propõe vai além. Ao longo da narrativa, Doctorow estabelece pontes ideológicas entre as militâncias libertárias que sacudiram a Califórnia e boa parte do mundo nos anos 60 e 70 e os movimentos hakers e a cultura digital. Seriam ciclos sociais dialeticamente sucedâneos. Marcus Yallow, o personagem central, ou simplesmente M1k3y, é um garoto de 17 anos,...