UDN, Arena, PDS, PFL e agora "Democrata", a continuação da velha saga direitista e golpista
O PFL de roupa nova agora é Democrata. Como assim? Isso mesmo: DE-MO-CRA-TA. Nas palavras do senador Jorge Bornhausen (DEM-SC), “o nome foi pesquisado, o que nos dá a virtude se sermos chamados de democratas”. E logo a piada surge, pois a abreviação da legenda na mídia é DEM e já está sendo chamada sugestivamente de Deixa Eu Mandar. Borracha devidamente passada na história, os novos “democratas” foram acometidos de surto proposital de amnésia, ou melhor, memória seletiva. Como queiram. Se formos à genética do novo partido encontraremos uma “bela” herança da “causa democrata”. Vejamos então: após a Ditadura do Estado Novo, foi fundada em 1947 a União Democrática Nacional, a UDN. Contradições e rachas marcaram a trajetória udenista. A UDN era um mosaico de teses liberais, autoritárias e conservadoras. O partido que pressionou para apear Getúlio Vargas do poder em 1954 ficou marcado pela vinculação com os militares e as aspirações das camadas médias urbanas. O udenismo caracterizou-se pela defesa do liberalismo clássico, o apego ao bacharelismo e ao moralismo e o horror às teses de esquerda e populares, que eles chamam de “populismo”. No que diz respeito à representação da imagem pública, a UDN e o udenismo foram useiros e vezeiros em provocar polêmicas. Foi um dos marcos do reacionarismo nos anos 50 e 60 e tentou golpes de Estado em 1954, 1955, 1956 e 1961. O tacape dos ataques era o jornal carioca Tribuna da Imprensa, que pertenceu ao jornalista e deputado federal Carlos Lacerda, apelidado de “o Corvo”. Em primeiro de abril de 1964, na ocasião do triunfo do golpe civil-militar, estava lá a UDN cerrando fileira como golpista de primeira hora. Udenistas e golpistas foram também Roberto Marinho, dono do jornal O Globo e da Rádio Globo, a família Mesquita, proprietária do jornal O Estado de São Paulo, e Herbert Levy, maior acionista do jornal econômico Gazeta Mercantil, entre outros.
Novo regime, nova roupagem. A UDN, assim como os demais partidos do país, foi extinta pelo Regime Militar. O velho mandonismo egresso da Casa Grande passou a se chamar Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Tratava-se da UDN devidamente “renovada” para apoiar a ditadura e suas mazelas, desde a Junta Militar passando pelos generais Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Batista Figueiredo, o último general-presidente, aquele que dizia gostar mais de cavalos do que de povo.
À medida que o Regime Militar ia enfraquecendo a ARENA buscava uma saída para dar continuidade de poder àquele grupo de senhores que desde o processo de colonização do país estava acostumado a mandar. Daí vem o racha do regime, e decisivo. Antes, a ARENA trocara de nome e a “nova” legenda passara a se chamar Partido Democrático Social (PDS). Os militares, já tremendamente desgastados pela opinião pública, não vêem saída para o regime prosseguir. Era necessária uma solução interna e civil, dado que a pressão popular se mostrara ativa com a campanha das Diretas Já, ocorrida em 1984 e que buscara reestabelecer eleições diretas para presidente, mas que não logrou êxito.
Foi sacada da cartola a solução: o deputado federal Paulo Salim Maluf, integrante do PDS e da base de apoio do regime, foi lançado candidato a presidente nas eleições indiretas dentro do Colégio Eleitoral que se restringia à Câmara e ao Senado. Mas a escolha de Maluf não agradou a setores que também se acantonavam historicamente na sustentação dos militares, a exemplo de Antônio Carlos Magalhães, José Sarney, o coronel Mário Andreaza, Aureliano Chaves, Jorge Bornhausen entre outros. Esse grupo forma então a Frente Liberal, que decide apoiar a candidatura de Tancredo de Almeida Neves pela oposição parlamentar moderada, aglutinada na ocasião pelo PMDB, partido que herdou a trajetória do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Maluf foi derrotado por Tancredo Neves no Congresso Nacional e tal fato se constituiu no marco do fim do regime militar. Mas Tancredo morreu e não assumiu o cargo, quem o fez foi o vice da chapa dele, José Sarney, ex-ARENA.
Inaugurava-se a Nova República com os velhos senhores. Tendo a imagem também pra lá de desgastada o PDS se transformou então em Partido da Frente Liberal, o PFL, legenda que abrigou os remanescentes do Regime Militar e os novos próceres ideológicos do neoliberalismo. O “novo” partido deu continuidade também às velhas políticas tocadas pelas oligarquias no Norte e Nordeste do país. O voto controlado e comprado, o clientelismo político, a violência político-policial, a repressão aos movimentos sociais, o desrespeito aos Direitos Humanos e o compadrio marcaram as gestões do PFL nessas regiões.
Nas últimas eleições essas práticas foram quase que completamente varridas do mapa. O PFL, por sua vez, viu amargar seu crescente desfibramento. Um partido que outrora detinha grandes bancadas na Câmara e no Senado, chegando a ter cinco governadores, viu-se minguado nas eleições do ano passado. O partido elegeu apenas 65 deputados federais e perdeu oito com a migração de parlamentares para partidos de base de apoio do governo. Todavia, manteve-se ainda com maioria no Senado, com 18 senadores. Em governos de Estado, conta apenas com José Roberto Arruda no Distrito Federal, não conseguindo eleger mais ninguém. Da UDN ao “Democrata” pouco se mudou no perfil ideológico dessa corrente política. Vale registrar como curiosidade que o mesmo nunca conseguiu eleger um presidente, desde 1947. Por sua vez, sempre teve gosto em estar ao lado do poder, pois a característica fisiológica o acompanha. Foi fiel a Fernando Henrique Cardoso durante oito anos e marchou junto com o PSDB nas duas últimas eleições, ambas sofrendo derrotas.
Novo regime, nova roupagem. A UDN, assim como os demais partidos do país, foi extinta pelo Regime Militar. O velho mandonismo egresso da Casa Grande passou a se chamar Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Tratava-se da UDN devidamente “renovada” para apoiar a ditadura e suas mazelas, desde a Junta Militar passando pelos generais Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Batista Figueiredo, o último general-presidente, aquele que dizia gostar mais de cavalos do que de povo.
À medida que o Regime Militar ia enfraquecendo a ARENA buscava uma saída para dar continuidade de poder àquele grupo de senhores que desde o processo de colonização do país estava acostumado a mandar. Daí vem o racha do regime, e decisivo. Antes, a ARENA trocara de nome e a “nova” legenda passara a se chamar Partido Democrático Social (PDS). Os militares, já tremendamente desgastados pela opinião pública, não vêem saída para o regime prosseguir. Era necessária uma solução interna e civil, dado que a pressão popular se mostrara ativa com a campanha das Diretas Já, ocorrida em 1984 e que buscara reestabelecer eleições diretas para presidente, mas que não logrou êxito.
Foi sacada da cartola a solução: o deputado federal Paulo Salim Maluf, integrante do PDS e da base de apoio do regime, foi lançado candidato a presidente nas eleições indiretas dentro do Colégio Eleitoral que se restringia à Câmara e ao Senado. Mas a escolha de Maluf não agradou a setores que também se acantonavam historicamente na sustentação dos militares, a exemplo de Antônio Carlos Magalhães, José Sarney, o coronel Mário Andreaza, Aureliano Chaves, Jorge Bornhausen entre outros. Esse grupo forma então a Frente Liberal, que decide apoiar a candidatura de Tancredo de Almeida Neves pela oposição parlamentar moderada, aglutinada na ocasião pelo PMDB, partido que herdou a trajetória do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Maluf foi derrotado por Tancredo Neves no Congresso Nacional e tal fato se constituiu no marco do fim do regime militar. Mas Tancredo morreu e não assumiu o cargo, quem o fez foi o vice da chapa dele, José Sarney, ex-ARENA.
Inaugurava-se a Nova República com os velhos senhores. Tendo a imagem também pra lá de desgastada o PDS se transformou então em Partido da Frente Liberal, o PFL, legenda que abrigou os remanescentes do Regime Militar e os novos próceres ideológicos do neoliberalismo. O “novo” partido deu continuidade também às velhas políticas tocadas pelas oligarquias no Norte e Nordeste do país. O voto controlado e comprado, o clientelismo político, a violência político-policial, a repressão aos movimentos sociais, o desrespeito aos Direitos Humanos e o compadrio marcaram as gestões do PFL nessas regiões.
Nas últimas eleições essas práticas foram quase que completamente varridas do mapa. O PFL, por sua vez, viu amargar seu crescente desfibramento. Um partido que outrora detinha grandes bancadas na Câmara e no Senado, chegando a ter cinco governadores, viu-se minguado nas eleições do ano passado. O partido elegeu apenas 65 deputados federais e perdeu oito com a migração de parlamentares para partidos de base de apoio do governo. Todavia, manteve-se ainda com maioria no Senado, com 18 senadores. Em governos de Estado, conta apenas com José Roberto Arruda no Distrito Federal, não conseguindo eleger mais ninguém. Da UDN ao “Democrata” pouco se mudou no perfil ideológico dessa corrente política. Vale registrar como curiosidade que o mesmo nunca conseguiu eleger um presidente, desde 1947. Por sua vez, sempre teve gosto em estar ao lado do poder, pois a característica fisiológica o acompanha. Foi fiel a Fernando Henrique Cardoso durante oito anos e marchou junto com o PSDB nas duas últimas eleições, ambas sofrendo derrotas.
Direita raivosa
No âmago dos seus intentos, está a luta pela manutenção e radical ampliação do modelo de gestão neoliberal, como a redução do papel do Estado, corte de verbas públicas e de investimentos sociais, além da total desregulamentação das leis trabalhistas. É a direita mais nociva e atrasada. Deseja transformr o país num Estado penal onde a construção de penitenciárias se torna mais importante do que a edificação de escolas e hospitais. É aquela que tem vergonha de se assumir como tal, ou seja, direita. Se vestem como preocupados com causas sociais e se dizem democratas. Mas, acreditem, em caso de “emergência”, estarão esses “democratas” prontos a apoiar um novo golpe de Estado, como fez ACM no primeiro semestre do ano passado. Veja aqui.
Comentários
Perde-se a credibilidade (se é que já houve alguma...) ante o eleitorado e troca-se o nome...
Grande abraço Zeca!
O vídeo ilustra bem o perfil desses "democratas".
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