O cerco vai apertar

O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MTB-BA) vai investigar a avalanche de demissões ocorridas no ano passado no setor privado de ensino superior no estado, algo em torno de 450. Segundo o procurador Manoel Jorge Silva e Neto, o histórico das demissões apontará se existiu algum tipo de discriminação com professores de maior titulação. Sabe-se que o órgão tomará a mesma medida em outros estados da Federação. A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior – sindicato (Andes) deverá auxiliar o MPT no trabalho de averiguação. Outros fatores também serão considerados, como assédio moral e violência contra a liberdade de expressão, já que muitos docentes foram demitidos por manifestarem posicionamentos, mesmo que de caráter pedagógico, contrários às diretrizes de algumas instituições, que exigem o que chamam de “alinhamento”, uma forma dissimulada de censura prévia. A liberdade de expressão é um direito assegurado pela Constituição do país. Na investigação, serão ouvidos tanto professores demitidos quanto dirigentes e coordenadores de cursos.

Comentários

Unknown disse…
Devería-se questionar não só o problema das titulações, mas tbém o das competências. Tem muito professor que permanece na instituição, que acumula a função de “tapa-buraco”, sem ter a experiência e o conhecimento necessário para ministrar determinadas disciplinas.
Textos ao Vento disse…
Concordo, Paulo. Inclusive, no que tange ao curso de Jornalismo das FJA, a coisa está "desarranjada". Com exceção de uns dois ou três, o restante é tapa-buraco mesmo!
MuriloAlves disse…
Espero que o Ministério Público visite também as Faculdades Jorge Amado, onde a coordenadora do curso de Comunicação Social costuma justificar a demissão de professores com maiores titulações da seguinte forma: "Entradas e saídas de professores em uma faculdade é um procedimento normal..."
Sem mais...
Textos ao Vento disse…
A tal pessoa é um pau mandado, não tem nenhuma voz ativa e defende as arbitrariedades com argumentos de "encomenda".

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