Serra quer acabar com reajuste do mínimo e outras garantias trabalhistas
Para o candidato da coligação demotucana, José Serra, reajuste do salário mínimo no seu governo só ocorrerá “quando possível”. Para bom entendor, meia frase basta. Os sinais emitidos pelo cacique tucano durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (26), que contou com a presença do vice Indio da Costa (Demos-RJ), dão a dimensão do que seria a política social do seu governo: arrocho salarial para os trabalhadores e funcionalismo, intensa repressão aos movimentos sociais e alinhamento automático com as diretrizes de Washington. Trocando em miúdos, Serra quer rasgar a carta constitucional, uma vez que o reajuste do mínimo é previsto em lei. Vale lembrar que desde 2007 o governo federal mantém acordo com as centrais sindicais sobre o tema. A fórmula baseia-se na variação da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB) para definir o novo piso salarial nacional do país. Na mesma ocasião, o candidato demotucano atacou o MST, na pessoa do seu dirigente nacional, João Pedro Stédile, e voltou-se contra a política externa brasileira. Não é nenhum teoria da conspiração acreditar que se essa turma comandada por Serra chegasse ao poder muitos direitos sociais dos trabalhadores estariam seriamente ameaçados. Seguramente que o décimo-terceiro salário, licença-maternidade, multa de 40% do FGTS para demissão sem justa causa, entre outras conquistas, estariam com os dias contados. Serra no poder seria o caos político, podendo levar o Brasil à convulsão social.
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