Serra agora abraça o fascismo
A larga vantagem de Dilma Roussef sobre o candidato da coligação demotucana, José Serra, está precipitando a queda das máscaras. Serra visitou o Clube da Aeronáutica, no Rio, nesta sexta-feira (27), onde reuniu militares da reserva e membros dos clubes militares. Aos gorilas, o candidato demotucano declarou que o Brasil vivencia “uma república de sindicalistas”. Jogando para a plateia, Serra reavivou antigos temores militares frente ao governo de João Goulart – deposto em 01 de abril de 1964 num golpe articulado por estes mesmos gorilas -, ressuscitando fantasmas da época da guerra fria. O tucano também manifestou posição contrária ao Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), o qual qualificou como "tentativa de controle da imprensa" por parte do governo petista. Serra também criticou a política externa brasileira, reiterando a velha cantilena: Irã, Chávez, Cuba, Evo Morales etc…José Serra não tem pruidos nem mesmo de borrar seu passado como ex-dirigente estudantil – era o presidente da UNE na ocasião do Golpe de 1964. Alia-se agora à gorilagem que impantou a Ditadura Militar, que assassinou, torturou e exilou milhares de cidadãos. Seu debaclê político não poderia ser pior: abraçar o fascismo como estratégia de angariar apoios na extrema direita. Não dou muito ouvido a teorias conspiratórias, como já discuti aqui neste espaço, mas é bom ficar alerta com tais movimentações da oposição.
Comentários
Nenhum dos grandes jornais estamparam esta notícia em suas capas. E claro que não foi por falta de relevância, ou mais tecnicamente, critérios de noticiabilidade, valores-notícia.
Nas redações dos principais veículos de informação, que estão preocupados apenas em devolver o poder aos seus representantes, a "liberdade de imprensa" é utilizada como autorização para decidir o que o povo deve o ou não saber. Por isso as declarações de Serra e seu vice ganham a publicidade negada aos reais fatos de interesse público.
Imprensa Marginal