Enfrentar o golpe!
É hora de reagir. Faltando pouco mais de 15 dias para as eleições, a oposição, escudada na imprensa consorciada e golpista, busca desesperadamente desestabilizar o cenário, amplamente desfavorável ao seu candidato, José Serra (PSDB). Angariar dividendos políticos mediante escândalos é a única alternativa que lhe resta. É um escracho. Veículos da velha mídia, com o apoio do que há de mais reacionário na direita – DEM, PSDB, militares golpistas e fundamentalistas católicos e evangélicos, entre outros – farão de tudo para levar a disputa ao segundo turno ou mesmo rasgar a Constituição. A saída da ministra Erenice Guerra demonstra o que o conglomerado fascista é capaz de fazer. Ainda teremos duas semanas de bombardeio, com mentiras, ilações e especulações. É uma engrenagem. Os jornais e revistas produzem as capas; o JN repercute em quase 60% do tempo; e Serra usa o material na campanha da TV e rádio. O objetivo é modificar um quadro no qual, até o momento, 73% do eleitorado não muda o voto de jeito nenhum, Dilma conta com 58% dos votos válidos e Serra não passa de 27%, atingindo 41% de rejeição, o que impossibilita a sua eleição. O que fazer então diante disso? Golpe. E é o que de fato está em marcha. Sinais já foram lançados. No próximo dia 23 o Clube Militar Forças Terrestres (veja aqui), do Rio de Janeiro, recebe para “palestra” os jornalistas Reinaldo Azevedo e Merval Pereira, golpistas de primeira linha, além do diretor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Rodolfo Moura. O tema do evento é: “A democracia ameaçada: restrições à liberdade de expressão”. Detalhe: o painel conta com o apoio do Instituto Millenium, entidade que reúne o alto baronato da mídia brasileira. Age certo o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo em realizar, nesse mesmo dia, um ato contra o golpe midiático. Não se pode enxergar tais movimentações como teoria conspiratória, apenas. É preciso que o presidente Lula vá às ruas para falar à população o que de fato se passa. João Goulart não tomou medidas proativas e o País viveu mais de 20 anos de ditadura militar, com todas as suas consequências. Mas não só o presidente. A exemplo dos jornalistas paulistas, a sociedade civil e os movimentos sociais têm que se levantar rapidamente numa imensa cadeia de legalidade. Vamos barrar os intentos golpistas de uma direita que não está aceitando a escolha democrática da maioria da população. À Luta, todos!
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