Pig tentará o golpe até sábado

Faltam três dias para o segundo turno. De acordo com as pesquisas divulgadas, o quadro é de estabilidade. A candidata Dilma Rousseff lidera com vantagem entre 11% a 17% dos votos, conforme sondagens de três institutos. Mas a grande imprensa corporativa assume explicitamente a candidatura de José Serra e de tudo fará para elegê-lo, nem que seja lançando mão de calúnias.
Não é nenhuma teoria da conspiração supor que Folha de São Paulo, TV Globo, Veja e Estadão – com o auxílio de outros meios sabujos - estejam preparando, de forma orquestrada, uma ofensiva midiática para desgastar a imagem de Dilma.
Há várias hipóteses que circulam na blogosfera de como esta estratégia poderá se dá. Duas delas merecem atenção.
Na semana passada, a filósofa e professora da USP Marilena Chauí alertou quanto a possibilidade de se forjar um tumulto generalizado amanhã, 29, durante o ato final de campanha de José Serra, que ocorrerá no Centro de São Paulo. Segundo a professora, falsos militantes do PT, vestidos com camisas e portando bandeiras do partido, entrariam em choque violento com militantes tucanos, criando um fato novo a ser aproveitado pela mídia.
O incidente seria martelado 24 horas para construir a idéia de que o PT é um partido violento e uma ameaça à democracia.
Uma outra hipótese, no nosso entender mais pertinente, é a publicação de uma matéria “bombástica” envolvendo Dilma Rousseff à época da sua militância política contra a ditadura militar.
Há rumores que a Folha de São Paulo já está cuidando disso. Explico.
O jornal da famiglia Frias há meses tenta acessar documentos nos arquivos da Justiça Militar sobre a participação de Dilma nas organizações Política Operária (POLOP), Vanguarda Popular Revolucionária e o Comando de Libertação Nacional (COLINA). De forma republicana, a Justiça Militar negou o acesso, mas o jornal entrou com recurso no Superior Tribunal de Federal (STF) para obter as informações.
Na verdade, a FSP já deve estar de posse de documentos públicos situados em arquivos de universidades e do Estado. O que a Folha deseja é o endosso oficial para construir uma matéria que, ouvindo algum militante da época, aponte Dilma como perpetradora de atos violentos contra terceiros. 
Vale frisar que a candidata do PT nunca participou de ação armada, apenas atuou em apóio logístico. Mesmo assim, o jornal ligado à candidatura de Serra buscará, mediante algum falso testemunho, confundir os fatos para induzir os leitores a idéia de que Dilma é violenta e já cometeu atentados contra a vida.
A Folha daria então a senha para que o Jornal Nacional repercutisse com grande alarido amanhã à noite a “notícia” e a Veja fizesse o mesmo na sua edição semanal do sábado.
Detalhe: não daria tempo o desmentido, uma vez que o horário eleitoral se encerra hoje e o debate da Globo só ocorre amanhã. 
A situação criada colocaria Dilma em desvantagem psicológica diante de Serra no debate.
Vejam, estou citando tudo isso no campo da suposição, mas não descarto a possibilidade de que essa estratégia esteja em curso. E a pleno vapor.
No entanto, vamos estar atentos e municiados para um plano de contrapropaganda de emergência. A “vacina” tem que começar agora, com todos espalhando na rede estas hipóteses. É importante que estejamos atentos.

Comentários

Anônimo disse…
Sei não! É desmoralização demais para a Folha de São Paulo, para a Globo... Da Vejasóquantamentira, nem comento. Só continua viva por servir de "fonte" para aumentar venda e audiência - dos outros. O que está ganhando, não sei. Mas se morta e neterrada, já tem outra revista brotando.

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